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Secretário do Tesouro dos EUA elogia entrega do país pelo governo Temer
Matias Aires
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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, elogiou, nesta terça-feira as medidas econômicas adotadas pelo governo de Michel Temer para "recolocar o Brasil no caminho do crescimento". Ele se referia a três dos principais ataques de Temer contra a população: a reforma da previdência, a PEC 241 (que impõe o teto dos gastos no orçamento da saúde e da educação) e tão almejada reforma trabalhista, aumentando para 12h a jornada de trabalho e universalizando a terceirização. Lew deu as declarações pouco antes de iniciar uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Segundo ele, o Brasil vive um momento de recuperação da confiança na economia após o que classificou como “recessão severa”. O secretário norteamericano destacou, ainda, que a administração Temer está dando “importantes e ambiciosos passos, transmitindo maior confiança ao setor privado".

Temer esteve nos EUA para a Assembleia Geral da ONU, que utilizou como um feirão de vendas para anunciar aos representantes dos grandes monopólios que o Brasil "tem um preço, e não é grande", oferecendo privatizações em 34 áreas e serviços de infraestrutura no país, além de reafirmar a disposição em colocar na mão da iniciativa provada rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Não podia ter deixados os norteamericanos mais entusiasmados.

“Há desafios no caminho à frente, mas entendemos que as reformas estruturais tomadas e os caminhos que estão criando são o correto para o retorno do crescimento no Brasil”, afirmou Lew, que, após as discussões com Meirelles e equipe, reúne-se com Temer no Palácio do Planalto.

Meirelles salientou que esta é a primeira visita ministerial norte-americana na gestão de Michel Temer. “Além do mais, é a primeira vez que nos encontramos depois da cúpula do G20 em Hangzhou [na China]. Para nós, é uma oportunidade importante”, declarou o ministro.

O encontro com o presidente da República também terá a participação do ministro da Fazenda. Na agenda dos debates estão temas como macroeconomia, economia global, comércio e cooperação bilateral e reformas no Brasil e nos Estados Unidos.

Temer tem uma situação adversa no cenário internacional, uma vez que o seguimento da crise econômica mundial fez com que as importações e exportações tivessem uma projeção de aumento de apenas 1,7%, segundo a OMC, ao contrário dos 2,8% anteriormente anunciados. A recessão brasileira colabora para a queda do comércio na própria América Latina.

Neste cenário desfavorável, a ordem de Temer é "não pense, trabalhe" e "Black Friday Brasil", retomando os aspectos mais privatistas do neoliberalismo dos anos 90 e ameaçando milhares de famílias com o desemprego.

Mesmo o governo Temer não sendo o pivô ideal para avançar os ataques ao orçamento público, a flexibilização das leis trabalhistas e a abertura ao mercado, já que não possui a legitimidade do voto, os chefes do capital estrangeiro buscam aproveitar tudo o que o governo golpista pode arrancar.

 
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