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INCÊNDIO BANGLADESH
Os perigos que sofre a classe trabalhadora em Banglandesh: mortes incêndios recorrentes
Andrea Villa

Os incêndios nas fábricas industriais de Bangladesh põe novamente em evidência os recorrentes perigos aos que se veem expostos os trabalhadores e trabalhadoras.

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Assim como também o fracasso do governo e dos sindicatos na hora de imporem as empresas transnacionais a adoção de medidas significativas para assegurar os direitos trabalhistas.

O último incêndio foi o da fábrica Tampaco Foils Ltd., cuja explosão provocou a morte de 36 trabalhadores e trabalhadoras. Este desastre causado no dia 10 de setembro em uma planta de produção embalagem em Tongi, a uns 25 km ao norte de Dhâka, é o pior acidente industrial em Bangladesh desde a demolição de edifício no complexo têxtil Rana Plaza em 2013, que causou a morte de 1.126 trabalhadores e feriu 2.500.

A fábrica pertence a empresa de empacotamento Tampaco Foils Limeted, que tem entre seus clientes a multinacionais de setores como o de cigarros, alimentício e farmacêutico, como Nestlé e British American Tobacco, entre outras marcas.

Apesar de ter uma planilha de mais de 300 trabalhadores, não tem presença do sindicato na fábrica e não existe um comitê de segurança eleito pelos trabalhadores que devia estar presente nos lugares de trabalho com mais de 50 empregados de acordo com a lei de Bangladesh.

No interior da fábrica de três plantas, se encontravam 75 trabalhadores teve inicio o incêndio. A explosão sucedeu perto da troca de turno as 6h da manhã, o que evitou um desastre ainda maior. Tem mais de 40 feridos incluindo os transeuntes, e 10 pessoas seguem desaparecidas entre os escombros do edifício que ficou parcialmente derrubado.

Bombeiros e militares continuam procurando no lugar desde o dia do acidente. Enquanto que os familiares aguardam notícias em uma oficina administrativa de coordenação dos trabalhos de busca.

"Se não conseguir o corpo não me darão nem sequer uma indenização", acrescentou, em alusão da decisão do Governo de Bangladesh de compensar com 20.000 takas (227 euros) os familiares das vitimas identificadas e 10.000 takas (113 dólares) aos feridos. A compensação será dada pelo Fundo de Bem Estar dos Trabalhadores de recente formação.

Existe a possibilidade de que o governo não reconheça que os desaparecidos trabalhavam na fábrica já que somente podem ser identificados como empregados pelos donas da indústria, mas os proprietários estão fugindo.

Empresários fugindo e condições de infraestruturas ilegais

Syed Hussain Mukbul, presidente da empresa Bangladesh e ex legislador do parlamento nacional, fugiu junto com sua esposa Parvin Hussain e outros seis gerentes depois de terem apresentado demandas penais contra eles em dois casos.

No início se afirmou uma explosão da caldeira poderia ter causado o incêndio; mas uma investigação iniciada no dia 15 de setembro por Titas Gás da indícios que o incêndio foi causado pela explosão de uma máquina de reforço para extrair gás instalada ilegalmente pela empresa, e não na caldeira, segundo afirmou quinta-feira Ajit Chandra Deb-gerente da empresa estatal distribuidora de gás.

O departamento de inspeção de fábricas e Estabelecimentos está conversando com o governo e a OIT, entre outros organismos, para por em marcha inspeções massivas, tendo o ponto de vista as 4.000 fábricas de Bangladesh que não se dedicam a confecção.

Em 2014, depois da tragédia de Rana Plaza se incrementou a pressão fazia as empresas transnacionais para que assumissem a responsabilidade dos trabalhadores levando a sindicatos globais e marcas internacionais da firma de Acordo sobre segurança em incêndios e na construção. Também marcas estadunidense criaram a Aliança Global para a Segurança dos Trabalhadores de Bangladesh.

Desde então, os incêndios nas fábricas de roupas baixaram de 250 em 2012 a 30 em 2015, mas continuou havendo numerosas explosões de caldeiras em fabricas de roupa nos últimos anos: em novembro de 2014 na fabrica Shanta Expressions Ltd teve uma pessoa morta e 4 feridas, em dezembro de 2015 teve 8 feridos na fabrica RN Garments e em janeiro de 2016 dos feridos em Active Zipper. Nenhuma das iniciativas de segurança na indústria de roupas em Bangladesh, incluindo o Acordo, aborda o tema de segurança das caldeiras. s medidas estipuladas pelo acordo relativos a segurança contra incêndios provocados pela explosão de uma caldeira, mas não da prevenção de tais explosões.

No dia de hoje, muitas empresas internacionais não está vinculado o Acordo e a Aliança. Milhares de fábricas que abastecem o mercado interno tem sido pouco para abordar os riscos de segurança. Os trabalhadores estão a pequenos encaixados cotovelo a cotovelo, as saídas de incêndios estão bloqueadas e fechadas com cadeados de forma rotineira para evitar roubos. As normas de construção raras vezes se aplicam e os produtos químicos são armazenados de forma inadequada, enquanto que os controles oficiais de segurança são poucos e distantes entre si.

Durante a tragédia de Rana Plaza, os trabalhadores informaram as falhas na caldeira e a mesma foi arrumada, mas foram despedido de imediato todos os denunciantes, tendo que passar por um litigio para serem indenizados economicamente. Segundo o Acuerdo, mas marcas também devem colaborar na busca de novos empregos para estes trabalhadores, norma que não comprem.

No caso do incêndio na têxtil Tazreen (2012), onde morreram 117 pessoas e 200 ficaram feridos, os proprietários foram acusados somente formalmente e ordenados para serem julgados por negligência depois de quase três anos (o caso ainda continua).

O governo de Bangladesh deve assegurar a independência das inspeções trabalhistas e garantir o direito da filiação sindical, assim como a proteção e defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras. Mas enquanto os representantes dos trabalhadores falam de " falhas desafortunadas", as cadeias de abastecimentos globais exploram a falta de regulamentação nacional e a mão de obra barata.

Traduzido por Tatiana Ramos Malacarne

 
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