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HOMOFOBIA NA ESCOLA
Homofobia, não. Pelo Fim de Um Cotuca Homofobico
Sagui

Nesse sábado (24), o COTUCA realizarou o CAP – Colégio Aberto ao Público, onde, no periodo das 9h00 às 17h00, realizou palestras sobre o Vestibulinho, sobre o funcionamento do COTUCA e atividades técnicas e científicas e para mostrar ao público como são os cursos da escola. Porém, além disso, por todas as paredes, e até em arvores do colegio, haviam cartazes mostrando a luta pelo fim dos preconceitos diarios, como machismo, homofobia e transfobia, e mais um sarau chamado "Visibilidade".

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"cartaz arrancado e recolocado, após intolerante não aceitar a transsexualidade"

O movimento "Homofobia, não" surgiu com inciativa dos alunos, após um casal de alunos homossexuais ser abordado por um dos funcionários do colégio que os levou à sala de Serviço e Orientação Educacional (SOE), alegando que os dois estavam trocando demonstrações afetivas excessivas, o que seria contra o item F, artigo IV, do Manual do Aluno do colégio, que indica como orientação: “Namorar de maneira adequada ao ambiente do Colégio, evitando exageros e constrangimentos, como beijos e abraços exagerados, sentar ou deitar no colo um do outro. Evitar ficar em salas de aula sozinhos, com a porta fechada, ou em locais onde há pouca circulação de pessoas”. A orientadora do SOE repreendeu os alunos e afirmou que relataria o caso para as famílias, que não sabiam sobre a homossexualidade deles.

Porém, ao saber do caso, os alunos se movimentaram para repudiar a ação da orientadora de informar às famílias assuntos ligados à identidade dos alunos, sabendo que isso não é de encargo ao colegio e, que estes poderiam sofrer opressão de seus próprios pais. Assim, no dia seguinte ao caso, os alunos do Cotuca realizaram atividades de protesto no colégio, com o mote “Homofobia, não!”.

Toda via, mesmo após reverterem o caso, agora com união de alunos e professores, se permanecendo resistente, e cria a página "Por Um Cotuca Melhor", para compartilhar e discutir situações que envolvam a questão LGBT dentro do Colégio.

Ontem, logo pela manhã, vários cartazes estampavam os corredores do Cotuca e levavam o debate para toda a escola. Além disso, os estudantes e o publico tiveram seus rostos pintados em apoio ao movimento, e intervenções foram feitas durante o dia.

Imagens do vidro do bandejão do COTUCA

O sarau apresentado ontem, e que levou o nome de "Visibilidade", teve como objetivo dar voz aos alunos que sofrem opressões diárias a expressar o descontentamento com toda uma sociedade que também reproduz valores preconceituosos e de muitas vezes violentos.

Apesar de tudo, a luta não acabou, pelo contrario, só começou. Alguns cartazes contra a transfobia foram arrancados e um aluno teve de retirar de seu projeto um cartaz que levava a frase "Fora Temer", mostrando que ainda há uma forte gestão e pessoas que ainda tentam calar a liberdade de expressão dos alunos.

Portanto, o movimento ira proceguir,e continuara tão resistente quanto começou, levando como lição de que apenas se unindo com os professores, e trabalhadores em geral, nos conceguiremos não só acabar com um COTUCA homofobico, mas toda uma sociedade opressora, e um governo que lucra com os preconceitos criados para explorar os pobres, negros, mulheres e LGBTs.

Abaixo segue o depoimento de Bruna, aluna do COTUCA sobre o ocorrido

" O que falar destas pessoas maravilhosas? Tão fantásticos, tão empoderados, me orgulho muito de cada um deles, eles realmente me emocionaram.

Eles não foram as vítimas, mas a luta foi deles, eles não foram lesados, mas se sentiram afetados. A maioria não pensou nem duas vezes em se arriscar enfrentado a escola, não se importaram com as consequências. O que aconteceu foi triste, mas a reação das pessoas foi linda, foi cativante.

Espero que mais pessoas se sensibilizem com o nosso movimento, nosso manifesto, porque agora é o que somos, um manifesto ambulante."

 
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