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REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Nalini quer utilizar a reforma do Ensino Médio para acelerar a reoganização das escolas paulistas
Danilo Paris
Editor de política nacional e professor de Sociologia
Mauro Sala
Campinas
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Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, o secretário de educação de São Paulo deixou bem claro que utilizará a reforma do Ensino Médio para promover a reorganização das escolas paulistas, derrotada pelas ocupações de escolas do fim do ano passado.

De fato, ele já vinha aplicando, sorrateiramente, essa reorganização com o fechamento de milhares de salas e superlotação de outras tantas. Agora ele pretende acelerar ainda mais esse processo: favorecendo a privatização da educação pública e transferindo milhares de estudantes de suas escolas.

Num trecho da entrevista, respondendo à questão sobre “como as escolas estaduais atenderão a esse novo modelo de currículo flexível?”, podemos ler:

"Isso está em aberto, vamos começar a discutir. Dá para usar todo o equipamento, não só o nosso. Podemos usar equipamentos do município, porque os dois planos, tanto nacional quanto estadual (de educação), incentivam a parceria. Vamos poder usar recurso (espaço) de escolas privadas. O Sistema S (formado por Senai e Sesc, entre outros), então, vamos aproveitar tudo. Nada indica que tenhamos de deixar o aluno no mesmo espaço físico. Vamos poder ter uma logística de reunir aqueles que escolheram uma determinada área e colocar em outro prédio os que escolheram outra. "

Ou seja, além de promover um fortalecimento das instituições privadas, notadamente as do Sistema S, o secretário quer “reunir aqueles que escolheram uma determinada área e colocar em outro prédio os que escolheram outra”, removendo os estudantes de suas escolas atuais.

Além disso, o secretário se colocou explicitamente favorável ao fim da obrigatoriedade do ensino de Arte, dizendo que “arte não é uma unanimidade. Eu acho que depende da vontade e da inclinação do aluno”, apontando para a não obrigatoriedade da disciplina na rede paulista.

Novamente ele quer atacar a educação pública paulista e promover, de maneira ainda mais profunda, a reorganização escolar que foi rechaçada pelos estudantes. Não passará!

 
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