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MEIO AMBIENTE
Fim de um símbolo paranaense: o capitalismo extinguirá a araucária
Rafaella Lafraia
São Paulo
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Segundo a lista de espécies ameaçadas de extinção da IUCN (The World Conservation Union - A União Internacional para Conservação da Natureza) e da Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a araucária, árvore símbolo do Paraná, está entre as espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com alto risco de desaparecimento na natureza em um futuro próximo. A Araucaria angustifólia – nome científico da espécie ameaçada – passou de vulnerável, em 1998 e 2000, para a categoria "criticamente em perigo" em 2006.

O Paraná já chegou a ter oito milhões de hectares cobertos por Floresta com Araucária. Hoje a situação é muito mais grave, pois segundo dados, a Floresta com Araucária perdeu, aproximadamente, 97% de sua área original, o que compromete a variabilidade genética da araucária. Esse quadro se deve, dentre outros fatores, à conversão das áreas de florestas nativas para a agricultura, reflorestamentos e também à manutenção de ações de desmatamento.

Para o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Clóvis Borges, a Floresta com Araucária continua sendo visada para exploração pela existência de madeira com valor econômico, não só a araucária mais outras muitas espécies.

A exploração madeireira é um dos fatores que colabora com a perda desta madeira considerada nobre, mas não podemos deixar de associar esta exploração com o avanço do agronegócio na região, já que é necessária a derrubada destas florestas nativas para a criação de gado e, o agronegócio, sobretudo a soja naquele estado, que já vinha tendo um grande incentivo no governo de Dilma Rousseff (PT), como demonstrado com a ligação e nomeação de Katia Abreu (PMDB) como ministra da Agricultura (lembrando que a mesma já recebeu o título de motosserra de ouro), continua com muito espaço no governo golpista de Michel Temer (PMDB), como mostrado aqui a carta de exigências da bancada ruralista para apoiar o golpe institucional.

Preocupada com a condição da Araucaria angustifolia, a professora de gestão ambiental da Universidade Positivo, Leila Maranho, propõe em entrevista ao Estado de São Paulo a criação e implantação de projetos de recuperação das áreas degradadas antes ocupadas pela Floresta com Araucária permitam a restauração de processos biológicos e genéticos. Ela sugere também que a restauração de floresta com araucária contribuirá com o resgate da cultura local. Mas sabemos que isso não é o suficiente! Enquanto a bancada ruralista tiver o poder que tem, por causa de seu poderio financeiro em um sistema dependente da exploração da classe trabalhadora e dos recursos naturais não será somente a araucária que entrará para a lista de extinção. Precisamos ir além! Precisamos ser milhares de voz anticapitalistas para que este sistema degradador e explorador acabe, do contrário mais e mais espécies serão extintas e passo a passo os seres humanos estarão em piores condições de trabalho e vida!

 
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