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FINANCIAMENTO PRIVADO
Gilmar Mendes diz que é preciso ’discutir’ a situação do financiamento de campanhas eleitorais
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, participou nesta segunda (19) da atividade chamada Parlamentarismo no Brasil: Utopia ou Possibilidade, realizada na sede da Fecomercio, em São Paulo. Neste encontro, o ministro do Supremo Tribunal Federal falou sobre a pressão do mundo político pela volta do financiamento privado de campanhas eleitorais.

De acordo com Gilmar Mendes: "eu acho que vamos ter que discutir e fazer um balanço da situação e dos problemas encontrados, como a doação dos mortos e a generosidade de beneficiados do programa Bolsa Família". Mendes completou afirmando que o país irá precisar passar por uma "reforma política e partidária. Nós temos 28,29 partidos. Muitos são entidades familiares que vivem do fundo partidário. Temos casos de partido que comprou dois helicópteros com o dinheiro do fundo".

Em relação à possibilidade de cassação da chapa Dilma e Temer, Mendes disse que o processo continua em andamento e que ele pode ser julgado este ou no ano que vem. De acordo com o ministro do STF "novas denuncias podem ser acrescentadas nesse processo. O julgamento talvez aconteça esse ano ou talvez no próximo".

Gilmar Mendes foi enfático ao comentar o pedido de impeachment contra ele protocolado no senado. Os pedidos de impeachment são sobre uma suposta "conduta partidária do ministro". De acordo com Gilmar Mendes: "isso é um consórcio entre os famosos que já foram e os famosos que nunca serão. Essa é uma ação do Fábio Konder Comparato, que é um banqueiro travestido de socialista; e o Celso Bandeira de Melo, que é um latifundiário travestido de socialista. Os outros são os famosos quem."

Todos nós sabemos que o ministro Gilmar Mendes está ligado a setores do PSDB, os mesmos que estão na linha de frente pela a volta do financiamento privado de campanha. Sabemos que apesar do financiamento de campanha proíba que empresas privadas, doem dinheiro para os partidos da ordem, os grandes empresários e banqueiros ainda estão aplicando seus investimentos nos candidatos.

Sabemos que este financiamento privado de campanha é apenas uma expressão de quem dita as regras deste sistema, que são os grandes empresários e banqueiros. Sabemos também que a grande maioria dos partidos da ordem que disputam as eleições é composta por grandes empresários e banqueiros e em muitas das ocasiões estes possui condição de financiar a sua própria campanha.

Isso mostra que com a consolidação do golpe institucional, o atrelamento do Estado com os grandes empresários e banqueiros vai ficar cada vez mais visível. Neste sentido, é de interesse do imperialismo e de setores da burguesia nacional quebrar as mínimas barreiras que dificultam que isto aconteça.

Mas a saída para Gilmar Mendes para a crise política e econômica passa por uma "reforma política e partidária". Ao contrário do que colocam a grande mídia e os ricos, esta reforma não visa acabar com os ditos "partidos fisiológicos", mas sim para silenciar os trabalhadores e os partidos de esquerda. Esta saída que propõe o presidente do TSE, apenas mostra que o Judiciário tem interesse de endurecer o regime em todas as suas esferas.

Ao propor a esta reforma partidária, Gilmar Mendes e o Judiciário está impondo barreiras para que os partidos participem das eleições. Trata–se de um ataque ao direito à liberdade de expressão. Por trás desta reforma partidária, sabemos que existe um interesse de Gilmar Mendes em cassar a chapa de Dilma/Temer e caso isso aconteça vai ocorrer um endurecimento do regime.

Não podemos confiar no Gilmar Mendes e sua turma, pois qualquer coisa que saia deste judiciário estará a serviço dos grandes empresários e banqueiros. Conforme denunciamos neste texto, o fundo partidário oferecido do Estado está a serviço dos principais partidos da ordem e isto deixa as eleições cada vez mais anti democráticas.

Sabemos que por trás do fundo partidário existem vários acordos espúrios. Isso é apenas uma mostra de como este regime que está a serviço dos ricos é totalmente degradado.

É preciso que a esquerda denuncie estas medidas arbitrárias do judiciário e exigir um plano de luta contra estas medidas autoritárias às centrais sindicais, como parte da luta contra o governo golpista e os cortes, as demissões e os ataques aos direitos trabalhistas e sociais que estão sendo anunciados.

Achamos que a luta contra o judiciário, os golpistas e os ataques que estão por vir tem que levar a um questionamento do regime. Isso só vai ser possível através de uma Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e os demais setores populares da sociedade.

 
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