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CRISE NAS MONTADORAS
As demissões e a Força Sindical
Anônimo
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O setor automotivo é um dos mais afetados pela crise econômica. Montadoras e autopeças descarregam o peso da crise nas costas dos trabalhadores com demissões, layoff, férias coletivas e retirada de direitos.

Em alguns casos, nas empresas menores, ocorre atraso de salário e fechamento de fábrica. Um cenário péssimo para os metalúrgicos e todos os trabalhadores.

Também fui demitido e vou relatar aqui um pouco de como um sindicato dos metalúrgicos, filiado à Forca Sindical, trata a questão das demissões.

Chego no prédio do sindicato. Prédio bonito, com um jardim bem cuidado e seguranças terceirizados na porta. Entro. Apresento meus documentos e carteirinha de filiação. A funcionária me indica o setor jurídico.

Passo pela catraca, por outro segurança e vou até o setor jurídico. Trabalhadoras terceirizadas fazem a limpeza do local. Sou informado que preciso pegar uma senha e aguardar, pois na sala de espera deve ter uns vinte metalúrgicos, todos demitidos.

O caso deles é muito grave pois trabalhavam numa autopeças que fechou as portas e não pagou os direitos trabalhistas. São dezenas de trabalhadores com mais de quinze anos de empresa que simplesmente foram jogados no meio da rua.

E o sindicato? Um dos trabalhadores me disse que segundo o sindicato "vai ser difícil receber porque a empresa faliu e já retirou as máquinas." Ou seja, o sindicato não fez e não vai fazer nada.

Não fez e não vai fazer nada porque o imposto sindical tá garantido por lei e os acordos com a empresa não são de hoje, pois a Forca Sindical e a conhecida burocracia, chamada por muitos de máfia e farsa sindical. Muita grana corre nos bolsos dos burocratas e nos cofres desta central sindical para desmoralizar, dividir e trair a peãozada.

Para o trabalhador que ainda está empregado este sindicato pede "paciência" e "consideração", pois segundo ele, o patrão tá sem dinheiro e a greve só vai piorar.

A Forca Sindical e outras centrais como a CUT são famosas por trair a classe trabalhadora, mas também, existe aquele tipo de sindicalismo que não é vendido porém, vacila e abre brechas para a derrota porque o patrão não "dorme no ponto" e não perdoa.

Por isso que o sindicato tem que tá na mão dos trabalhadores e não sob o controle de burocratas ou direções vacilantes. O sindicato tem que lutar pelos nossos direitos e por todos aqueles que sofrem injustiças. Tem que ser independente dos patrões e dos governos. Lutar até o fim. Sem arrego.

 
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