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TRABALHO PRECÁRIO
Empresa europeia tem bens bloqueados por trabalho precário nas Olimpíadas
Valéria Muller

A Olympic Broadcast Services (OBS) teve seus bens bloqueados pelo Tribunal Regional do Trabalho devido a "possíveis danos causados aos trabalhadores" na Olimpíada Rio 2016. A empresa contratou mais de 2 mil trabalhadores durante os jogos.

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Mesmo com muitos relatos, vídeos e denúncias dos trabalhadores durante os jogos olímpicos, somente agora a justiça brasileira penalizou a empresa OBS pela precarização do trabalho imposta aos brasileiros. Segundo o Ministério Público, mais de 2 mil trabalhadores foram admitidos por contratos de Pessoa Jurídica (PJ) e prestação de serviços como Microempreendedor Individual (MEI). Segundo as denúncias, eles cumpriam jornadas de mais de 10 horas por dia.

O representante da empresa no Brasil confirmou que não foi formalizado nenhum contrato de trabalho, somente PJ, MEI e terceirização. A empresa europeia aproveitou o desemprego crescente no país para explorar ainda mais os trabalhadores brasileiros durante o megaevento. Sem jornadas fixas, sem garantia de direitos trabalhistas e sem condições de trabalho dignas.

A empresa ainda tentou recorrer mas a justiça do trabalho negou o pedido. Seguem bloqueados os bens como aparelhagem de transmissão de imagem e som, móveis e caminhões, além do dinheiro que está em bancos no Brasil. A OBS tem sede na Espanha e atou no Brasil com CNPJ temporário.

Além da OBS, outras empresas também foram responsáveis por contratar trabalhadores de forma irregular durante a Olimpíada Rio 2016. Enquanto o governo comemora o "sucesso" dos jogos, os trabalhadores aguardam por justiça.

 
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