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ELEIÇÕES 2016
Aos inimigos a lei, aos amigos..., ou o caminho das empreiteiras nas campanhas segue livre
Leandro Lanfredi
Rio de Janeiro | @leandrolanfrdi
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Aos inimigos a lei, aos amigos, ou os caminhos das empreiteiras nas campanhas segue livre

Muitas pessoas comemoram o fim do financiamento empresarial às campanhas eleitorais na reforma política aprovada ano passado. Era a única parte tragável de um todo destinado a excluir a esquerda da TV, seja nos debates, seja no horário eleitoral. A reforma política, bem como a lei da Ficha Limpa, agora praticamente revogada pela decisão do TSE que a torna quase inaplicável aos prefeitos mostra uma velha máxima da elite brasileira operando nestas eleições: “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.

A nova lei eleitoral promulgada por Dilma Roussef deu poder de veto às emissoras se a esquerda poderia participar ou não dos debates, uma vez que só é obrigatória a participação aos partidos com dez deputados ou mais. Reduziu drasticamente o tempo de campanha, o tempo de televisão e as possiblidades de uso das redes sociais. Essas leis para a esquerda vigoram com toda seriedade. Marcelo Freixo chegou a ter material confiscado e queimado devido ao tamanho da letra que aparecia o nome de sua vice, também de seu partido. Já aos amigos... até mesmo o jornal da família Marinho, O Globo mostra como tudo é permitido, e por isso escreve em editorial como não faz sentido proibir o financiamento empresarial, melhor seria retomá-lo, o que é defendido por Gilmar Mendes e outros “ases” do judiciários.

Segundo mostrou o matutino carioca, entre os grandes doadores na eleição daquela capital estão 58 presidentes, diretores, etc, de grandes conglomerados da construção civil e outras empresas “tradicionais doadoras” ou “investidoras” em políticos para o toma lá da cá nacional. O maior beneficiado no Rio deste fenômeno que trocou os CNPJ pelos CPFs é Pedro Paulo, herdeiro político de Eduardo Paes atual prefeito.

As expressivas somas de dinheiro que candidatos como Haddad do PT ou Doria do PSDB estão levantando parece indicar um fenômeno parecido. As empresas seguem seu caminho tradicional, desta vez com seus CPFs, isso para não mencionar caminhos não declarados, de caixa dois e influências não oficiais como se dá pela via de milícias, “associações de bairro” que são mafiosas, das igrejas e da grande mídia.

Um “conjunto da obra” que mostra um grande rigor contra a esquerda, o rigor da lei. Já aos amigos, bem a esses há exceções, brechas, etc.

A reforma política do ano passado, aquém das intenções de restringir muito mais o regime, impondo cláusulas de barreira, como querem Ferraço e Aécio do PSDB já mostra seu objetivo. Não é nenhuma renovação da política, sequer um empecilho aos empresários. Esses encontram seus caminhos para seguir atualizando em nossas terras a velha definição de Marx e Engels sobre o estado capitalista como um balcão de negócios para o conjunto da classe burguesa.

 
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