Consumado o golpe institucional, no marco da crise política que os golpistas pensavam que iriam fechar com impeachment, mas se abriram duas: uma na superestrutura política quando Renan Calheiros articula até 19 senadores para não cassar os direitos políticos de Dilma, gerando uma crise com o PSDB, assim como a crise que se abre nas ruas, que é a mais relevante.
A isto devemos acrescentar um novo elemento da conjuntura que é a judicialização da política a través da operação Lava Jato que agora ataca de forma seletiva a Lula e ao PT. Como afirmamos em matéria de nossa redação do Esquerda Diário, nós que lutamos contra o golpe institucional de maneira independente do PT, mesmo sendo muito críticos a Lula e os métodos do PT, não podemos deixar de denunciar que a Lava Jato e essa operação é um grande teatro que finge lutar contra a corrupção enquanto deixa intactos as centenas de golpistas, de empresários e banqueiros corruptos que vivem tranquilos assistindo a peça do avanço da direita no Brasil.
Diante desse contexto, o Esquerda Diário terá a excelente oportunidade para politizar o debate a partir de uma visão ofensiva do marxismo como vem realizando em diferentes lugares, é preciso fazer um balanço político da política de conciliação de classes do PT, discutir as saídas que estão propondo o próprio PT, diretas já ! e outros setores da esquerda como eleições gerais e tirar lições para organizar a resistência renovando o chamado para que a juventude e os trabalhadores lutem contra o golpe institucional e contra os ajustes do governo golpista de Temer.
Desde o Esquerda Diário lutamos pelo Abaixo Temer golpista e por uma nova constituinte como uma saída de fundo a crise e não para recompor este sistema político podre. Dessa forma, a saída para a crise tem que estar pautada na independência política da classe trabalhadora, através de um programa que nos permita intervir na luta de classes.
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