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DESAPROPRIAÇÕES
Aos gritos de “Higienista”, Haddad é obrigado a responder manifestantes
Yuri Capadócia

Manifestantes interromperam roda de discussão com artistas, com faixas e aos gritos de “higienista”, para protestar contra desapropriação pedida pela Prefeitura

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O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, durante a noite desta terça feira 13, viu sua atividade de campanha ser interrompida por um protesto de moradores de rua. Aos gritos de “higienista” os manifestantes se fizeram ouvir, interrompendo o encontro do prefeito com artistas na Praça Roosevelt.

Os manifestantes, que moram sob um viaduto da Radial Leste com a Avenida Alcântara Machado, protestavam contra um pedido de reintegração de posse feito pela Prefeitura que deve desabrigar as cerca de 300 pessoas que vivem no local.

Haddad, que respondia a perguntas feitas pelos artistas em uma roda montada na praça, foi obrigado a ouvir os moradores de rua, e alegou que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil classificaram a ocupação como área de risco e que todos moradores serão cadastrados e incluídos em programas da Prefeitura.

Ironicamente, o prefeito realizava a atividade com o intuito de discutir a cultura na cidade e políticas para promover a diversão na periferia. Haddad é conhecido como Prefeito Gourmet, por ter como um dos principais eixos de sua atuação políticas públicas que visam o direito da população ao usufruto a cidade, mas que na prática seguem o rumo de administração a serviço da especulação imobiliária e da gentrificação – nova lógica de gestão capitalista das grandes cidades, conhecida por valorizar e transformar áreas públicas de acordo com uma forte elitização maquiada de ‘modernização’ , excluindo e em detrimento da permanência do povo pobre que vive ao redor dos bairros.

Enquanto Haddad dialoga com artistas conhecidos como Laerte, e as cineastas Laís Bodansky, Ana Muylaert, Tata Amaral e Marina Person, que participavam da roda de discussão; as populações mais vulneráveis tem de se fazer ouvir por ele, e sofrem com o autoritarismo de sua gestão com desapropriações e abusos por parte da guarda civil militar.

 
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