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GREVE BANCÁRIOS
FENABAN insiste no arrocho e segue a greve dos bancários
Thais Oyola - bancária e delegada sindical da Caixa
Eduardo Máximo, delegado sindical da Agência 7 de Abril

Em nova rodada de negociação nesta terça, dia 13, a FENABAN manteve a proposta de arrocho que já havia sido rejeitada em negociação do dia 9, reajuste de 7% mais abono de R$ 3,3 mil. Segundo a Federação de Bancários do Paraná, a FENABAN argumentou que com a previsão de queda da inflação e o cenário atual do país, este é o único modelo apropriado para o momento. As negociações foram suspensas e serão retomadas nesta quinta, 15/09.

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Nesta terça, 13/09, os bancários entraram no oitavo dia de greve nacional, paralisando 12.009 agências em todo o país, segundo o comando nacional. Ainda assim, durante a negociação realizada entre o Comando Nacional dos bancários e a FENABAN, os banqueiros mantiveram sua postura intransigente, sem melhora alguma na proposta, mostrando que tem uma intenção clara de impor o arrocho salarial aos bancários, mesmo lucrando bilhões na crise.

A nossa greve é a primeira a se enfrentar com o governo golpista e ajustador de Temer e a postura política dos banqueiros, seus grandes aliados, longe de atingir somente nossa categoria, é uma forma de atingir a nossa classe de conjunto, deixando o terreno aberto para a reforma trabalhista, a reforma da previdência, privatizações e terceirizações que pretendem fazer com que os trabalhadores paguem a conta da crise econômica.

Apesar dos números divulgados sobre o fechamento de agências, a verdade é que diante do nível de ataque que estamos sofrendo precisamos que os bancários tomem para si a tarefa de se organizar a mobilização a partir de cada local de trabalho e romper com o clima de passividade que foi construído nos últimos anos pelos sindicatos da CUT. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, por exemplo, chega ao absurdo de terceirizar piquetes, impõe um clima de medo entre os bancários dos bancos privados, não mobilizam, pois, sabem a força e o papel que estes bancários podem cumprir na luta.

CUT e CTB tem medo dos trabalhadores organizados

Neste cenário é fundamental que as categorias em luta possam unificar suas forças para barrar os ataques dos banqueiros e do governo. E justamente aí atuam as principais burocracias sindicais do país. CUT e CTB evitam a todo custo que as greves possam se unificar, pretendem impedir que a greve dos trabalhadores dos Correios seja deflagrada, depois do governo ter recuado de uma proposta inaceitável que mais parece uma manobra para dividir a categoria, já que a nova proposta ainda está longe do que pode ser conquistado.

A unificação das greves de bancários, trabalhadores dos correios, petroleiros, metalúrgicos pode apontar para a construção de uma greve geral no país, algo que as centrais burocráticas tanto temem, e que seria a forma pela qual os trabalhadores organizados, colocando sua força nas ruas, barrariam os ajustes avançando para questionar de modo mais profundo este governo e a própria sociedade que nos explora.

 
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