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ELEIÇÕES 2016 - SÃO PAULO
Debate entre candidatos na USP: Suplicy, Diana e Fernando Holiday
Redação

No próximo dia 20 a USP irá receber um debate com representantes de três visões políticas bastante distintas para um debate em meio às eleições municipais. Organizado pelo Centro Acadêmico Professor Paulo Freire (CAPPF), da Faculdade de Educação, o encontro contará com a presença de um dos principais líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), Fernando Holiday, que concorre a vereador pelo DEM; com o ex-senador petista Eduardo Suplicy, uma das candidaturas mais conhecidas nessa eleição; e com a dirigente do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) e editora do Esquerda Diário, Diana Assunção, que está apresentando sua candidatura pelo PSOL. Diana é também trabalhadora da Faculdade de Educação onde o debate se realizará.

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Frente à consolidação do golpe institucional implementado pela direita, os debatedores representam uma visão distinta em relação à situação nacional. Fernando Holiday é membro de um dos movimentos de juventude que esteve na linha de frente do apoio ao golpe, participando dos atos verde e amarelo desde 2015 e expressando a voz da nova direita brasileira nas ruas.

Expressando suas posições reacionárias por meio da coluna de seu principal líder, Kim Kataguiri, nas páginas da Folha de S. Paulo ou na página no MBL no Facebook, essa juventude direitista é apoiadora dos ataques que o governo Temer planeja contra a previdência e os direitos trabalhistas. O próprio Fernando Holiday, ainda no período de pré-candidatura, foi até a USP gravar um vídeo contra a greve dos trabalhadores, professores e estudantes que lutavam contra o desmonte da universidade que vem sendo implementado pelo governo Alckmin em parceria com a reitoria.

Eduardo Suplicy, figura histórica do petismo, foi senador por 24 anos e é um exemplar representante do projeto petista, que acredita ser possível fazer melhorias no capitalismo para torná-lo mais humano e conciliar os interesses antagônicos de patrões e trabalhadores. Seu principal projeto político é o da renda cidadã, que, grosso modo, seria uma espécie de Bolsa Família universal e ampliado: a garantia de uma renda mínima para todo cidadão que pudesse diminuir o abismo social existente em um país com uma das maiores desigualdades sociais do mundo.

Suplicy é uma figura que, mesmo frente ao desgaste do PT, ainda mantém uma aura de credibilidade muito grande frente a setores que o veem como um baluarte de resistência de ética e moral dentro de um partido que se adaptou a governar com a direita. Frente ao golpe, Suplicy tem sido linha de frente da política petista de “diretas já”, defendendo a antecipação das eleições.

Diana Assunção é dirigente do MRT, organização que desde o princípio lutou contra o golpe colocando uma política independente do PT. É editora do Esquerda Diário, a partir do qual temos apresentado uma discussão sobre as consequências da política que teve o PT em diversos âmbitos: em primeiro lugar ao implementar ele mesmo diversos ajustes contra os trabalhadores e a juventude, governando junto com a direita e abrindo espaço para consolidar as posições dos golpistas que, por meio dessa manobra parlamentar reacionária, queriam implementar um governo que fosse até o fim nos ajustes exigidos pelos capitalistas para que sejam os trabalhadores que paguem pela crise.

Diana também esteve a frente de denunciar como as medidas do PT frente ao golpe eram totalmente farsescas, se resumindo a discursos parlamentares e atos limitados e não construídos nos locais de trabalho, colocando esperanças em barrar no Senado por meio de acordões ainda mais profundos com a direita. A exigência de que a CUT e a CTB convoquem uma greve geral, tanto no período anterior para barrar o golpe quanto agora para combater o governo Temer e seus ataques, foi um eixo central da intervenção de Diana. E, agora, frente à tentativa petista de capitalizar o ódio contra o golpe com a política de “diretas já”, levanta a necessidade de lutarmos por uma Assembleia Constituinte em que possamos exigir nossos direitos e questionar as bases do regime político.

A iniciativa do Centro Acadêmico Professor Paulo Freire é fundamental para colocar em debate essas três perspectivas distintas, particularmente em uma eleição em que o regime eleitoral se mostra cada vez mais restrito e antidemocrático, com uma fortíssima restrição às candidaturas da esquerda e dos trabalhadores, em que uma verdadeira censura se impõe contra as ideias anticapitalistas. Será uma oportunidade praticamente única para ver em um espaço público e frente a frente se confrontarem essas visões muito distintas sobre a situação política.

O debate ocorrerá no dia 20 de setembro, às 18h, na Faculdade de Educação da USP, na Cidade Universitária, próxima ao Metrô Butantã. O Esquerda Diário irá realizar a transmissão ao vivo para os que não puderem comparecer pessoalmente.

 
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