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FIEIS ESCUDEIROS
Paulinho da Força, Marco Feliciano e mais 8: os últimos defensores de Cunha
Valéria Muller

A maioria dos deputados golpistas não teve como votar contra a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Marco Feliciano, Paulinho da Força e outros 8, criminosos como ele, foram fiéis ao seu líder até o último suspiro.

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Assim como o afastamento de Cunha em maio, a cassação de seu mandato foi uma manobra necessária para garantir a legitimidade ao processo que culminou no golpe institucional. Apesar da encenação, dos apelos, das ameaças e das lágrimas de Cunha, somente os mais fiéis escudeiros estiveram com ele até o final. O defendem por serem tão criminosos quanto Cunha, por compartilharem de seu reacionarismo e por temerem suas denúncias posteriores.

Paulinho da Força (SD-SP) é um desses mega-corruptos que estiveram na defesa de Cunha até a cova. Não é necessário um grande discurso dele para entender que a parceria entre os dois é bastante profunda. O "sindicalista" não teve como votar pela cassação de uma das figuras mais detestadas do país, talvez para não pior a sua própria situação, que já conta com uma grande lista de processos de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, e outros. Assumiu o desgaste popular que pode se decorrer dessa decisão para não precisar assumir o desgaste com seu parceiro de farra com o dinheiro público.

Outra figura ilustre que insistiu na defesa de Cunha foi Marco Feliciano (PSC-SP). Acusado recentemente de ter estuprado uma jovem militante de seu partido, o pastor fez a defesa de Cunha e de seu voto pelo twitter. Ele disse que só pode votar pelo afastamento de Dilma "graças a Cunha" e ainda que "o processo de sua cassação é política, por vingança de partidos que não aceitaram o impeachment."

Também atribuiu a Cunha que o debate de gênero fosse "arrancado" do Plano Nacional de Educação, que a redução da maioridade penal fosse votada e que a legalização do aborto não fosse sequer pautada. "Vitórias" dos reacionários e conservadores, inimigos da juventude pobre e negra, das mulheres e da população LGBT. São cúmplices declarados da chacina contra a juventude negra nas periferias do país e de todos os assassinatos por LGBTfobia e por machismo. E exibem isso com orgulho.

Os dois cúmplices de Cunha expressam os principais motivos que levaram seu processo a ser tão extenso e a permitir tantas manobras. Ele era um dos maiores articuladores políticos da Câmara, que tinha apoio tanto pela via dos esquemas de corrupção em que se emaranharam tantos outros, quanto pelo conservadorismo e reacionarismo tão presentes na Câmara, com destaque à bancada BBB (boi, bala e bíblia).

Centenas de cunhas que o cassaram na noite dessa segunda-feira (12) permitiram que o processo se arrastasse até que se tornar inadiável. Foi necessário concluir a queda de Cunha, talvez o único suspiro de alívio no crescente processo de desgasto do governo golpista, para dar continuidade à agenda de ataques.

Os outros deputados que votaram a seu favor foram: Carlos Marun (PMDB- MS), Carlos Andrade (PHS-RR), Arthur Lira (PP-AL), João Carlos Bacelar (PR-BA), Wellington Roberto (PR-PB), Júlia Marinho (PSC-PA), Dâmina Pereira (PSL-MG) e Jozi Araújo (PTN-AP).

 
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