O número de vítimas do incêndio em uma fábrica de embalagens em Bangladesh aumentou para 33 nesta segunda-feira (12), enquanto continuam as buscas por 11 desaparecidos nos escombros da empresa, cujos donos foram denunciados pela família de um dos funcionários.

O incêndio começou no último sábado na empresa, que fica em Tongi e que caiu parcialmente como consequência das chamas. Os trabalhos de busca continuam com cautela porque "a fábrica empregava diferentes produtos químicos para produzir papel alumínio", entre eles 25 toneladas de acetato de etila, que é altamente inflamável. A operação pode durar vários dias e é necessário esperar que a investigação seja finalizada para determinar as causas do incêndio.

O pai de um dos falecidos denunciou o dono da fábrica, Syed Mokbul Hussain, e outras sete pessoas por assassinato, informou à Efe Shunahor Ali, oficial da polícia distrital.

"Estamos tentando prender os acusados", entre eles a esposa do proprietário, indicou Ali. O incêndio da fábrica da Tampaco Foils Limited, situada 25 quilômetros ao norte de Daca, aconteceu às 6h do sábado (horário local) quando 75 trabalhadores estavam no local.

A primeira hipótese é de que o incêndio tenha sido provocado pela explosão de uma caldeira, mas ainda não há nenhuma hipótese confirmada. A única certeza é que essas mortes são causadas pela estrema precariedade do trabalho, a falta de segurança dentro das fabricas e os turnos diários extenuantes e longo que colocam os trabalhadores em condições de risco pelo cansaço.

Países como Bangladesh abastassem o mundo de diversos produtos e roupas, é em base a esse trabalho precário que os capitalistas lucram milhões, enquanto a população perde, literalmente a vida no trabalho. Este acidente é o pior no país desde o desastre em 2013 no complexo têxtil The Rana Plaza, em Daca, que causou a morte de 1.100 trabalhadores e deixou 2.500 feridos.