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#UMAVOZANTICAPITALISTA
Professores e alunos da Zona Oeste também soam uma voz anticapitalista
Luciana Vizzotto

Ontem, dia 8 de setembro, ocorreu uma roda de debates de professores e alunos da rede pública estadual da zona oeste de São Paulo com Diana Assunção, militante do MRT e candidata a vereadora pelo PSOL.

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Com a participação de integrantes das E.E. Andronico de Mello, E.E. Architiclino Santos, E.E. Odair Mandela e E.E. Sólon Borges, trabalhadores e jovens, dentre eles muitas mulheres, LGBTs e negros, passaram a tarde de quinta debatendo as ideias da candidata, a partir da principal campanha levada adiante “Que todo político ganhe como uma professora”. Se reuniram em uma praça da Vila Sônia, ocupando esse espaço público; como alternativa ao próprio espaço escolar, no qual é proibido pela lei (feita pelos poderosos) reuniões como essa serem realizadas – dificultando ainda mais que as ideias dos trabalhadores para as eleições cheguem aos próprios trabalhadores.

Em uma conversa que durou mais de duas horas, o caráter totalmente excludente das eleições à esquerda, aos trabalhadores e à juventude foi uma das questões abordadas. E que parte de lançar uma candidatura como essa é denunciar esse regime nada representativo da população, e também dar voz às nossas lutas. Como disse um dos professores presentes, o Senado, por exemplo, que tem representações de números iguais para estados como São Paulo e Amapá (com populações de tamanhos totalmente distintos) é ilustrativo de como o regime é assim para servir a interesses dos poderosos.

Também discutimos muito a luta pela educação, a defesa dos direitos dos trabalhadores hoje tirados pelo governo golpista, que sobre as costas dos professores se faz sentir muito. Como também foi dito na roda, a campanha para que todo político ganhe como uma professora é também uma provocação contra os políticos ao propor a eles que ganhem um salário rebaixadíssimo como o nosso. Ainda mais quando se ressalta que é um trabalho majoritariamente feminino, muito precarizado, como vários preenchidos pelas mulheres. Será que aceitariam viver com nosso salário? Todos sabemos a resposta; estão lá para terem vida de rico e, portanto, servir aos ricos. Enquanto isso, a educação vai sendo cada vez mais atacada, e os direitos dos trabalhadores, como aposentadoria e reajuste de acordo com a inflação, cortados na navalha.

O direito ao acesso à cultura e à expressão artística foi lembrado, como parte da própria formação do professor e do aluno, e da formação do indivíduo que pensa, se emociona e deve ter o direito a se expressar! Expressou-se na roda, a necessidade de lutarmos pelo direito aos espaços públicos e acesso à arte, que constantemente percebemos retirados das nossas mãos.

Por fim, o mote da campanha da candidata “uma voz anticapitalista” foi base para o debate sobre o caráter do próprio sistema capitalista: como duas professoras disseram, é excludente por natureza, pois “não existe capitalismo sem a diferença entre privilegiados e explorados”.

A partir dessas conclusões, o grupo de professores e alunos conformou um “comitê” anticapitalista de campanha, a partir desta candidatura de Diana, que promete levar tais ideias para mais escolas e bairros da região.

 
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