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CHILE
A incongruência da mudança de Ministros
Nicolás Miranda
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Em uma breve cerimônia, a presidenta Bachelet marcou seis eixos. No primeiro, reafirmou o norte da luta contra as desigualdades. No segundo, frisou um “Chile mais exigente”. No terceiro eixo, ressaltou que seu Governo colocou o “Chile em movimento”, 56 iniciativas. No quarto, a presidenta reafirmou os três eixos do seu programa: reforma na educação, tributação e nova Constituição. O quinto eixo foi ressaltado em: “o que nós prometemos, nós cumprimos, mesmo que as circunstâncias sejam adversas”. No sexto, a chave do sentido da mudança de Ministros: renovar energias e rostos novos para estas tarefas. Acrescentando que são para responder as necessidades concretas das pessoas, com caráter e transparência.
A mudança de Ministros

Na mudança de Ministros, prevaleceu o choque de posições. A então ex Ministra da Secretaria Geral da Presidência Ximena Rincón, passa ao Ministério do Trabalho. A então ex Ministra do Trabalho passa para a Justiça. O então ex Ministro da Justiça José Antonio Gómez passa para a Defesa.

A alteração mais significativa é a mudança do comitê político. Sai o questionado Ministro do Interior Rodrigo Peñailillo e o substitui o então ex Ministro da Defesa o DC Jorge Burgos. Na secretaria Geral do Governo ingressa o PPD Jorge Insunza. O porta-voz do Governo, Alvaro Elizalde, sai para ser resubstituído pelo PS Marcelo Díaz.
Outra alteração significativa foi no Ministério da Fazenda, saindo Alberto Arenas para ser resubstituído por Rodrigo Valdes, ex-presidente executivo do Banco do Estado.
O significado político

Embora reafirmando o programa do Governo, as mudanças de nomes indicam um curso incerto.

A Democracia Cristã passa a cabeça do comitê político, com Jorge Burgos no Ministério do Interior.

Foi seu senador, Andrés Zaldívar, quem impulsionou o que foi conhecido como “a culinária” do Senado, para negociar com a direita reforma tributária, basta alcançar sua maior moderação. Foi o senador e então ex-presidente deste partido Ignacio Walker quem enfatizou “nas nuances”.

Foi o histórico Edmundo Pérez Yoma quem pediu mudança do gabinete para uma mudança de direção. Foram recentemente seus parlamentares Andrés Zaldívar, Ignacio Walker, Fuad Chahín quem anunciaram que não aceitariam “imposições” dos sindicatos na discussão da reforma trabalhista.

Na finança, o sinal aponta no mesmo sentido. O atual ex Ministro Alberto Arenas foi severamente questionado pelos empresários. O então designado, não somente foi presidente executivo do Banco do Estado, mas também funcionário de empresas financeiras, como o BBVA.

Esta incongruência entre os anúncios e os nomes, busca dissimular integrando um segundo ministro do Partido Comunista, Marco Barraza no Ministério de Desenvolvimento Social.

 
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