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HETERONORMATIVIDADE
Promotoria de Justiça de Formosa-GO "recomenda" que vídeo com criança mandando "um beijo pras travestis" seja retirado do ar
Flávia Telles

Para Promotoria de Justiça de Formosa de Goiás uma criança mandando um beijo para as travestis é erotização precoce. Veja o escandaloso pedido e o vídeo motivou a preconceituosa sentença.

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O “Empodera Coletiva” grupo que discute questões de gênero e sexualidade na cidade de Formosa em Goiás, recebeu no último mês uma recomendação da Promotoria de Justiça de Formosa, para que o vídeo produzido pelo grupo sobre o dia de visibilidade trans, em que se toca a música “Um beijo pras travestis” e há várias pessoas mandando beijos, dentre elas uma criança, fosse retirado do ar, por “expor a criança a uma situação de erotização, violando a sua integridade”.

No vídeo, a criança diz “Um beijo pras travestis”, o que segundo a promotoria a coloca numa situação de “vulnerabilidade psicológica” e pode prejudicar sua “personalidade moral”, ou seja, para a promotoria nada que fuja da hetero-cis-normatividade pode fazer parte da vida das crianças, que vão sofrer psicologicamente por ver que as travestis existem e que é preciso respeitá-las, já que esse é o conteúdo que o vídeo expressa.

O mais contraditório é que a mesma justiça que diz que quer zelar pela integridade da criança, não se preocupa com as crianças que não tem o direito de viver sua infância de forma livre de preconceitos, que não têm uma livre construção de seu gênero e sexualidade, e uma educação que debata gênero e sexualidade na escola, muito pelo contrário, quer uma escola fechada ao debate, que não discuta as questões do cotidiano e da dura realidade daqueles que desafiam os padrões, como mostra o projeto “escola sem partido”, em que se esvazia os debates de conteúdos políticos da escola.

O vídeo do “Empodera Coletiva” tenta denunciar a marginalização e exclusão social e cobrar políticas públicas para esses setores oprimidos, é preciso seguir dando visibilidade à luta de travestis e transexuais, em todos os espaços, nos locais de trabalho e estudo, e também nas redes sociais e construir uma forte campanha contra a violência e opressão que trans e travestis sofrem. Repudiamos a ação da promotoria da justiça de Formosa e gritamos: UM BEIJO PRAS TRAVESTIS!

Veja também o escandaloso pedido da promotoria:

 
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