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Golpista Temer enviará a reforma da Previdência à Câmara antes das eleições
Redação
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O anúncio do envio da reforma foi feito no final da tarde desta terça-feira, 6, pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Se isto é certo, Temer cede à pressão do PSDB e contraria os interesses do outro partido da base de direita, o DEM, partido do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, que nesta semana havia pedido ao presidente golpista que adiasse para depois das eleições municipais o envio da pauta.

Apesar de o ministro não divulgar a data, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, viu na iniciativa o cumprimento daquilo que o presidente Michel Temer vinha prometendo antes de assumir o cargo, no lugar da presidente afastada Dilma Rousseff. A decisão do governo foi discutida ao longo do dia entre Geddel e Aécio.

“Ao enviar essa proposta o governo demonstra a firmeza que dele se espera e que nós confiamos que ele tenha. (...) Sempre compreendi que o Michel interino tinha limitações que o Michel efetivo não tem. Acho que é uma sinalização clara dele daquilo que ele tem nos afirmado, que fará o que precisa ser feito. Ele terá apoio integral do PSDB”, disse Aécio.

Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), também ampliou o coro de que o governo não pode deixar de discutir o tema da reforma da previdência, mesmo ele sendo considerado impopular.

“O Brasil precisa ter sinais objetivos de mudança. Não há mais espaço para mentiras e enganação. É preciso ser dito a verdade em relação à previdência brasileira. Há uma necessidade de mudanças para evitar uma situação caótica a médio prazo. Então, encarar os problemas, discutir com a sociedade e com o Congresso eu vejo como um sinal muito positivo”, ressaltou o tucano que teve seu mandato cassado por desvio de verbas e que luta contra a "mentira e a enganação".

Pouco antes do anúncio de Geddel, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), defendeu que a discussão sobre a implementação de mudanças na Previdência Social fossem realizada o “quanto antes”. “Se o governo já tiver o esboço para discutir com o Congresso e com a sociedade, está na hora. Não tem que esperar eleição. Tem que ser feito logo, as claras. O Brasil não aguenta mais subterfúgios”, afirmou Eunício.

Pela pressão externa e as advertências que a equipe de Temer recebeu na China de representantes do FMI urgindo as reformas, setores do PMDB se aproximam do PSDB para tratar de antecipar a decisão no Congresso sobre a Previdência, buscando evitar que seja discutida ao mesmo tempo que a temerária reforma trabalhista. Isso dificultaria o trabalho dos golpistas, já que implicaria passar duas reformas estruturais simultaneamente, num momento de forte politização nacional e logo depois da maior marcha pelo Fora Temer em SP.

Resta saber como a horda de reacionários deputados receberá a notícia. Antes das eleições municipais, dificilmente se debaterá a pauta enviada, e o acordo de bastidores pode ser justamente esse. Ninguém quer desvendar o rosto ajustador antes das urnas. Mas ainda assim, o desconforto será maior do lado de Rodrigo Maia, que foi será colocado por Temer na posição de "quem decidiu adiar a pauta que todos querem acelerar".

 
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