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CONGRESSO DE PICARETAS
Aliados de Cunha articulam para impedir a cassação do seu mandato
Redação

O julgamento da cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos mais destacados corruptos do Brasil, está marcado para o próximo dia 12. Enquanto alguns aliados do ex-presidente da Câmara apostam na falta de quórum, outros seguem seu legado e tentam manobras diversas para adiar ou modificar a votação.

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Conhecido pelos escândalos de corrupção, desvio de dinheiro e pelas manobras políticas realizadas para garantir seus interesses antes de ser afastado da presidência da Câmara, Eduardo Cunha conta com grande apoio para, apesar de tudo, não perder seu mandato. Para que a votação seja válida e Cunha tenha seu mandato cassado, é necessária maioria simples, o que significa 257 votos favoráveis entre os 513 deputados. São poucos deputados decididos publicamente a comparecer no plenário e votar pela cassação do mandato de um dos maiores corruptos do país. Realmente não é de se admirar que a casta de políticos burgueses que ocupam uma cadeira na Câmara não esteja empenhada em cassar o mandato de um dos seus grandes líderes, sendo que alguns deputados já estudam a abstenção ou a ausência na data marcada.

Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais defensores de Cunha chegou a reivindicar que ele pudesse ser cassado sem perder direitos políticos, a exemplo do que ocorreu com Dilma no Senado. Depois Marun admitiu que as duas situações eram distintas. Ele vai tentar beneficiar Cunha fazendo com que não seja votado um parecer do Conselho de Ética e sim um projeto de resolução. Isso permitira que se colocasse uma emenda para suspender o mandato por 90 ou até 180 dias, sem que a perda fosse definitiva e sem que implicasse na inelegibilidade.

A inelegibilidade durante oito anos em caso de perda do mandato é prevista na Lei da Ficha Limpa, mas os aliados de Cunha tentarão manobras políticas para salvá-lo de não poder se candidatar. Um reacionário, inimigo dos trabalhadores, notório representante da classe dominante, grande articulador do golpe institucional e amplamente investigado em diversos escândalos de corrupção, esse é o ex-presidente da Câmara de Deputados. É defendido com unhas e dentes por um amplo setor de deputados, como se estivessem defendendo a si mesmo. E, de certa forma, estão. Representam os mesmos interesses e muitos estão envolvidos nas mesmas redes de lavagem e desvio de dinheiro público. Cunha fez escola com suas manobras políticas e agora seus discípulos tentaram salvar sua pele com os mesmos métodos.

 
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