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Diana Assunção: “Cem mil na rua provaram que o combate ao golpista Temer pode ser independente do PT”
Redação
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Diana Assunção, colunista do Esquerda Diário e candidata a vereadora pelo PSOL declarou no final da manifestação que “Foram pelo menos 100 mil pessoas que estiveram na Av. Paulista neste domingo. Chamou a atenção da mídia oficial e inclusive do governo golpista de Michel Temer, que está na China, porque foi maior do que se esperava. Meirelles foi obrigado a não sustentar as avaliações depreciativas de Temer e Serra, uma vez que a raiva e o ódio contra a direita atinge setores de massas, que retumbaram as ruas com o canto de Temer golpista. Este número seria certamente maior não fosse a atuação consciente da PM assassina dos tucanos para intimidar a participação nas marchas com a série de repressões brutais da última semana e as prisões ilegais. Mas nem mesmo a repressão pôde ocultar a vontade de massas de lutar contra Temer, a direita e os golpistas”.

Diana afirmou que “Esse sentimento existe também no movimento operário, que não esteve presente pelo papel paralisante, desmoralizador e desorganizador das centrais sindicais e movimentos sociais ligados ao PT, principalmente a CUT e a CTB. Dissemos inúmeras vezes que essas centrais foram cúmplices do golpe institucional da direita, impedindo pela sua paralisia qualquer expressão política independente do PT. Nas fábricas, empresas, escolas e universidades, a burocracia sindical petista boicotou todas as iniciativas de organização, não realizou assembléias de base para que os trabalhadores decidissem democraticamente seus métodos de luta, e convocou medidas burocráticas esvaziadas durante o processo do golpe. Concluído o impeachment no Senado, tornaram-se portavozes da política de campanha eleitoral antecipada de Lula, ‘Diretas Já’. Seguem sem organizar nada pelas bases. Confirmam que tem mais medo da radicalização dos trabalhadores do que de serem atropelados pela direita, com quem o PT busca repactuar a recomposição do regime político.”

Ainda assim, está claro que a CUT e a CTB estão encontrando dificuldades em fazer colar a consigna de Diretas Já. Apesar de expressiva no ato, esta reivindicação funcional ao PT (levada adiante pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo) e a recompor pela direita o regime político do país, não foi o tom majoritário da manifestação. O PT está pagando por ter aberto o caminho à direita com seus ataques aos trabalhadores e com a ausência de resistência contra o golpe. O que esses burocratas estão esperando, depois do golpe, para organizar a resistência? Por isso no ato exigimos da CUT e da CTB que cessem sua paralisia e cumplicidade com o golpe, que rompam com a política oportunista de tentar desviar o ódio popular contra Temer para uma campanha eleitoral pelo ‘Lula já’, e organizem uma verdadeira greve geral para derrotar os ataques de Temer e derrubar este governo golpista. Sabemos que a entrada em cena do movimento operário como sujeito político é fundamental para esse objetivo.”

Diana concluiu dizendo que "O ato foi uma importante demonstração de forças, que mostra que é possível construir uma saída independente e à esquerda do PT, que não se adapte à política de ‘Diretas Já’ e ‘Volta Lula’, realidade que o PT e a organização do ato tentaram impor. Com a perspectiva que defendemos em nossa declaração, nós do MRT e do Esquerda Diário fomos centenas na manifestação, na batalha pela construção dessa saída independente, cantando músicas que denunciavam não apenas o governo golpista, como também que ‘Diretas Já’ não é a solução e queremos ver a construção de uma greve geral, como nunca vimos em 13 anos de PT fruto da paralisia imposta pela CUT e CTB. Para isso, defendemos que os trabalhadores, as mulheres e a juventude precisam responder com uma política que questione não apenas os jogadores, mas as regras do jogo: impor pela luta uma nova Constituinte, Livre e Soberana, que questione todo o sistema político podre que possibilitou o golpe institucional de Temer, exigindo o fim da dívida pública e que todo juiz e alto político seja eleito e revogável e que recebam o mesmo salário de uma professora. Esse combate anti-regime, que não pode ser feito com a consigna de Eleições gerais levantado por parte da esquerda e que hoje faz o mesmo jogo do PT, deve conduzir à necessidade de superar esta Constituinte de 1988 e a democracia dos ricos, avançando a um verdadeiro governo dos trabalhadores pela via revolucionária, de ruptura completa com a burguesia e o capitalismo. Minha candidatura anticapitalista, assim como as demais impulsionadas pelo MRT, estão a serviço deste combate político de fundo”.

Veja como foi a transmissão do ato a partir da página do facebook de Diana Assunção

 
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