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GOLPE NO SENADO
Segue o circo do impeachment e a burrice infinita dos políticos privilegiados
Valéria Muller

A manhã desta sexta-feira (26) foi marcada por muito bate-boca e um grande fogo cruzado de acusações entre os senadores. Com os ânimos aflorados, de um lado os golpistas acusam petistas de mentirosos, de outros os petistas seguem fingindo resistência.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Tratado como "personalidade ilustre" pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, Renan Calheiros considerou a sessão uma demonstração de que a "burrice é infinita", se referindo às falas dos senadores petistas. "Nós não podemos apresentar esse espetáculo à sociedade", preocupado com a representatividade do senado frente aos brasileiros. Assim como fizeram os deputados em abril, os senadores agora cumprem o papel de aprofundar ainda mais a crise dos partidos tradicionais, mostrando muitas acusações e poucas diferenças entre eles.

Do lado petista, os senadores tentam manobras para ganhar tempo, já que seu partido não promoveu nenhuma luta séria contra golpe e contra o governo golpista ao longo de todos esses meses. Como ontem, solicitaram que testemunhas a favor do impeachment fossem requalificadas como informantes. Ricardo Lodi Ribeiro por ter atuado como assistente de perícia, e Antônio Carlos D’Ávila, pelo seu depoimento com informações contraditórias. Nenhuma testemunha foi ouvida pois o retorno das solicitações de readequação será no período da tarde.

Foi retirada a participação da testemunha de defesa Esther Dweck, ex-secretária do Orçamento. Os opositores tentaram desqualificá-la pois ela foi nomeada a um cargo no gabinete da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), e ela foi retirada para que não fosse exposta a ataques de vingança. Os senadores petistas ainda foram repreendidos por utilizarem as falas por questão ordem para fazerem intervenções políticas.

Do lado golpista, os senadores reafirmaram que Dilma teria cometido o crime do qual é acusada. Ana Amélia Lemos (PP-RS), disse que os petistas agiam como discípulos do nazismo, no que se refere a mentir até que a mentira se torne verdade. Logo ela, a conservadora candidata da RBS (filiada da Globo no RS) falando de mentiras e manipulação de informações. Prática comum aos políticos capitalistas é acusar o outro daquilo que também fazem.

Além dela, Ronaldo Caiado (DEM-GO) também se exaltou contra os petistas, dizendo que Lindbergh tinha mais de 30 processos no STF e a "cracolândia em seu gabinete". Renan Calheiros, após o tumulto disse que o presidente STF estava sendo obrigado a presidir o julgamento em um hospício.

Tamanha foi a baixaria entre os privilegiados senadores capitalistas, que a sessão teve de ser encerrada antes do previsto, às 11h11 da manhã. O retorno estava marcado para as 13h. Mais uma vez os políticos capitalistas dão exemplo de "burrice infinita", como disse o próprio presidente do Senado. Com muito cinismo e uma guerra de acusações, os dois lados contribuem com a crise de representatividade da democracia capitalista.

 
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