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CORRUPÇÃO
"Nunca fui preso, só fui solto pelo STF", debocha Maluf
Valéria Muller

Com o bom humor característico daqueles que jamais pagarão pelos seus crimes, tampouco devolverão o dinheiro público roubado, Maluf disse em depoimento ao STF que nunca foi preso, "só solto". Ele é réu por crime de falsidade ideológica em investigação sobre irregularidades na campanha eleitoral de 2010.

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Uma campanha financiada por uma empresas em que o candidato e sua família são sócios, sem maiores explicações na prestação de contas. Segundo o acusado, os candidatos supostamente não se envolvem em assuntos financeiros da campanha eleitoral. "Quem faz a contabilidade de campanha [...] é o comitê financeiro regional." Enquanto isso, o candidato estaria em comícios, feiras livres, supermercados, programas de rádio, de televisão. Ou seja, enquanto o candidato está enganando a população, buscando votos, fazendo promessas impossíveis, uma equipe que supostamente nada tem a ver com ele cuida das finanças, da lavagem de dinheiro, do caixa-dois, etc.

Embora a prisão de Paulo Maluf e seu filho em 2005 tenha sido um fato público, com grande repercussão, e julgado pelo próprio STF, por algum motivo foi questionado ao deputado se ele já havia sido preso. Na época eles foram acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas, crimes muito difundidos entre os políticos capitalistas. Após 40 dias na sede da Polícia Federal em São Paulo, foram soltos por decisão do Supremo.

Maluf aproveitou a pergunta para afirmar que "nunca foi preso, só foi solto pelo STF", como se isso pudesse ser referência em honestidade, sendo o próprio STF um órgão da justiça que serve à burguesia, golpista e que em nada admira ter absolvido mais um politico capitalista corrupto.

Paulo Maluf ainda tem a cara de pau de afirmar que não possui "nenhuma condenação cível nem criminal", como se ele não estivesse com mandados de prisão no exterior por lavagem de dinheiro. Ele movimentou mais US$ 446 milhões em suas contas em paraísos fiscais. Foi descoberto dinheiro dele na Suíça, em Luxemburgo, na França e nas Ilhas Jersey. Boa parte teria sido desviada de obras públicas superfaturadas em São Paulo, quando foi prefeito da cidade entre 1992 e 1996.

Mesmo sendo nacional e internacionalmente um notório corrupto, Maluf vai tranquilamente ao STF jurar sua inocência. Empresário e político de carreira, que há anos parasita no Estado às custas do dinheiro dos trabalhadores brasileiros, está no seu terreno e sabe que o Supremo não é uma ameaça à manutenção da sua cotidiana roubalheira e de seus privilégios.

 
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