No ranking dos doadores, o PRB aparece em primeiro lugar, com R$ 3,758 milhões. A maior parte desse dinheiro foi mandada para seus candidatos no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente Marcelo Crivella (R$ 1,145 milhão) e Celso Russomanno (R$ 750 mil) – que lidera as pesquisas de intenção de voto na capital paulista. A seguir está o PR, que repassou R$ 2,69 milhões, o DEM (R$ 2,105 milhão) e o PSDB (R$ 2,043). O PT, líder em arrecadação nas eleições mais recentes, encaminhou apenas R$ 590 mil do Fundo Partidário a seus candidatos até o momento, o que o deixou na nona colocação no ranking.
Além de repassar recursos do Fundo Partidário, algumas legendas estão atuando como intermediárias de doações de pessoas físicas. Cerca de R$ 2 milhões foram distribuídos dessa maneira até o momento. Metade dessa quantia foi intermediada pelo PMDB para um único candidato: Pedro Paulo Carvalho Teixeira, que concorre a prefeito do Rio. Foram 23 doações de pessoas físicas ao partido, totalizando pouco mais de R$ 1 milhão pelo PMDB, que depois foram repassadas para o peemedebista.
Além de repassar recursos do Fundo Partidário, alguns partidos estão atuando com doações de pessoas físicas. Cerca de dois milhões foram mandados dessa maneira até o momento. Metade dessa quantia foi intermedida pelo PMDB para um único candidato: Pedro Paulo Carvalho Teixeira, que concorre a prefeito do Rio.
Aconteceram 23 doações de pessoas físicas ao partido, totalizando pouco mais de 1 milhão pelo PMDB, que depois foram repassadas para o peemedebista.
Em São Paulo, além de Russomanno, outros candidatos que receberam recursos do Fundo Partidário foram o tucano João Doria e o petista Fernando Haddad. Doria recebeu R$ 500 mil do PSDB. Além disso, usou recursos próprios: fez uma doação de R$ 200 mil para sua campanha. Haddad (PT), candidato à reeleição, recebeu no total R$ 292 mil. A maior doação partiu da direção municipal do PT (R$ 267,4 mil), sendo que R$ 250 mil vieram do Fundo Partidário e o restante de pessoas físicas que doaram para o partido.
Marta Suplicy (PT) teve como principal doador o empresário José Isaac Peres (R$ 200 mil). Em segundo lugar, aparece Marcio Correa de Toledo, marido da candidata, empatado com o advogado José Yunes, assessor informal do golpista Michel Temer. No total, ela arrecadou R$ 380 mil até o momento.
Este é apenas mais um exemplo que mostra que as eleições burguesas esta muito longe de democráticas. Enquanto liberam o fundo partidário para os principais partidos da ordem, os políticos corruptos como Eduardo Cunha criam diversos mecanismos restritivos para poder dificultar a participação das organizações de esquerda, chegando ao cúmulo de impedir que os partidos de esquerda participem de debates na televisão.
Medidas como a do fundo eleitoral, mostram que o Estado está a serviço dos grandes empresários e banqueiros. É por conta disto que é criado inúmeras formas absurdas para fazer com que os candidatos dos ricos ocupem cargos importantes. Esta medida do fundo partidário, por exemplo, faz com que partidos como o PSDB, PMDB e PT estejam numa vantagem financeira ainda maior do que partidos da esquerda como o PSTU, PSOL, PCO e PCB.
É preciso dizer também, que muito dos candidatos que estão pleiteando para algum cargo nestas eleições são grandes empresários ou possuem grandes fortunas. Candidatos como o João Dória do PSDB, que conforme denunciado pela candidata a Vereadora Diana Assunção possui uma imensa mansão, tem plenas condições de financiar a sua campanha com o seu próprio dinheiro.
Por trás destas medidas eleitorais, está o fato de que o país passa por uma profunda crise econômica capitalista. Pra fazer com que esta crise seja paga pelos os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, os grandes empresários e banqueiros tem que fazer eleger candidatos que tenham o perfil de impor ajuste e retirada de direitos. O elemento principal que faz os políticos corruptos, os grandes empresários e banqueiros restringirem o processo eleitoral é o medo de ter uma representante anti – capitalista capaz de desde do parlamento, impulsionar a luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade.
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