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PRESIDENTE MÉXICO
Peña Neto acusado de plagiar sua tese enquanto ataca os professores
La Izquierda Diario - México

O presidente mexicano é acusado de ter plagiado a tese com a qual obteve seu diploma de advogado. Enquanto isso enfrenta o rechaço à Reforma Educativa por parte dos professores.

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Em um minucioso trabalho de investigação, a equipe de jornalistas liderada por Carmen Aristegui, tornou pública a análise elaborada por um grupo de especialistas e acadêmicos sobre a tese de conclusão de curso com a qual Peña Neto conseguiu seu diploma de advogado na Universidade Panamericana. A equipe de Aristegui confirmou, por sua vez, os dados desta análise.

O presidente tinha 25 anos na época. Nomeou sua tese “O presidencialismo mexicano e Álvaro Obregón”. O texto conta com 200 páginas e 682 parágrafos. Se comprovou que pelo menos 197 são plágios de outros autores aos quais não citou.

Longe de se reduzir a um escândalo sobre a rigorosidade acadêmica do hoje presidente, que ostenta o menor índice de popularidade em seu mandato de 6 anos, se trata de um assunto de Estado. Por que?

Porque é este governo que com a bandeira de uma “educação de qualidade” impulsiona uma reforma educativa que na realidade pretende precarizar as condições trabalhistas dos professores, degradar os conteúdos dos planos de estudo e responsabilizar as famílias pela manutenção das escolas, como por exemplo, com o requisito de comprar 100 folhas A4 por criança para imprimir os textos da administração de cada escola.

E um dos pontos fracos da mal chamada reforma educativa é, nada mais nada menos, que a avaliação dos professores para determinar se são aptos ou não para dar aulas. Indignante.

Se as professoras e os professores não passam na prova, na terceira data, os demitem de seus cargos. Se não se apresentam, também. Como já aconteceu.
Como um mandatário, que conseguiu um diploma universitário trapaceando, faz uma campanha de desprestígio e criminalização contra as mulheres e homens que ensinam os filhos do povo trabalhador a ler e a escrever?

Ordens são ordens: os organismos internacionais, como o Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) exigem a aplicação da reforma. Peña Neto cumpre: com campanha midiática contra os professores, com repressão e o massacre de Nochixtlán, lançando ameaças diariamente por meio de seus porta-vozes.

Enquanto isso, o Secretário de Educação Pública Aurelio Nuño, campeão da ofensiva contra o magistério, em declarações ao canal Televisa, pôs em dúvida a investigação publicada pela equipe de Aristegui com total descaramento: “não sei se está certo ou não”. Mas não satisfeito com isto afirmou: “me parece que é um apontamento que não corresponde à realidade nem a algo realmente transcendente ou importante.”

É claro que para a “classe política” não é importante: pagam a eles milhões para serem profissionais em degradar as condições de vida e de trabalho da maioria da população. E para isso, convenhamos que não é preciso um diploma universitário obtido corretamente.

A investigação vem à tona no momento em que Peña Neto se encontra em seus níveis mais baixos de aprovação, e quando o sindicato de professores (CNTE) anunciou um novo plano de luta, e as aulas não começarão em Oaxaca, Chiapas, Michoacán e Guerrero.

Tradução: Francisco Marques

 
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