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ELEIÇÕES EUA
Trump à caça do voto latino
Matthias Flammenman

Após a renúncia de seu chefe de campanha, Paul Manafort, Trump tenta retomar alguns voos. Agora procura fazer base no público latino.

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O candidato republicano segue dando voltas e voltas em sua campanha. Embora as pesquisas lhe mostrem abaixo de Clinton, Trump continua mudando o chefe de campanha. Agora, quem ocupa esta função é Kellyanne Conway, que por sua vez escolheu Stephen Bannon como diretor executivo, figura polêmica e presidente do portal de notícias ultraconservador, Breitbart News. Bannon encontra resistência na cúpula do Partido Republicano, que afirma que ele, possivelmente, vai exaltar o lado mais nacionalista e xenófobo de Trump, algo que justamente agora o presidenciável pretende mudar.

Prova disso foi a reunião com os líderes da comunidade hispânica, setor que as pesquisas mostram como um dos mais relutantes ao candidato, onde ele disse que "existe um grande problema com os onze milhões de pessoas em situação irregular que estão aqui e deportá-las não é seguro nem humano "e prometeu-lhes um plano para autorizá-las a permanecer nos Estados Unidos.

Essas declarações e promessas vêm do candidato que há meses só prometia construir um muro ao longo da fronteira com o México e fazê-los pagar por ele. Embora Jacob Monty, advogado do Texas e especialista em questões de imigração que participou da reunião, tenha dito que a proposta de Trump é garantir um estatuto legal em que "não serão cidadãos, mas estarão autorizados a permanecer sem medo de deportação," há uma contradição em toda a linha, que não define muito bem quais são os seus limites e qual o seu alcance, e não pode mais do que causar desconfiança vindo do candidato com recordes de declarações xenófobas.

Por sua vez, o candidato continua fazendo propostas de campanha que os seus próprios companheiros republicanos tomam como delirantes, o que levou à sábia declaração do apresentador conservador, Joe Scarborough, de que Trump "não tem uma campanha caótica, não tem uma campanha deficiente. Trump não tem nenhuma campanha. "

A pouco mais de três meses para as eleições, Trump provoca cada vez menos entusiasmo e a cada passo permanece mais em evidência a crise que a sua candidatura deixou no Partido Republicano, crise usada por Hillary Clinton, que também não desperta paixões e continua jogando a campanha pela negativa do terrorismo por Trump, de conjunto se mostra que a crise aberta no bipartidarismo norteamericano segue o seu curso, junto à campanha eleitoral.

 
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