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Em meio às regras restritivas, primeiro debate na televisão deve enfrentar protesto
Mauro Sala
Campinas
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A contrarreforma eleitoral de Eduardo Cunha, que tornou as regras eleitorais ainda mais restritivas e antidemocráticas, cobra seu preço também nos debates televisivos, tornando-os também mais restritivos e antidemocráticos. Agora, apenas as candidaturas que contarem com nove ou mais deputados na Câmara terão garantidas a participação nos debates televisivos.

Assim, mesmo uma candidata que aparece tecnicamente empatada em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, como a de Luiza Erundina (PSOL), está excluída do debate. O PSOL recorreu à justiça mas teve o seu pedido liminar negado pelo Juiz da 1a zona Eleitoral de São Paulo, Sidney da Silva Braga.

Diante da negativa, a candidata está convocando um ato em frente à Band, reivindicando a participação da candidata no debate televisivo e denunciando que “a decisão antidemocrática de impedir a participação do PSOL nos debates eleitorais é uma afronta às luta do povo e à livre circulação de ideias”.

Mas não é só o PSOL que ficará de fora. Em São Paulo, a aplicação da nova lei significa que apenas cinco dos treze candidatos à prefeito poderão participar: Celso Russomano (PRB), Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB), Major Olímpio (SD) e Marta Suplicy (PMDB). Junto com Erundina, toda a esquerda também não poderá se expressar no debate dessa noite.

O PSOL foi pego no contrapé nessa contrarreforma política. Devemos lembrar que na primeira votação, que excluía “apenas” os partidos sem representação no Congresso, o PSOL votou a favor da mudança na lei. Na época, o partido dizia ser esse um “mal menor”, mal menor que excluiria todo o resto da esquerda com exceção do próprio PSOL. O mal maior veio e o próprio PSOL se viu diante dessa “decisão antidemocrática” de ter sua participação no debate impedida pelas regras da ainda mais restritiva lei eleitoral.

Mesmo diante dessa contradição, nós defendemos a participação do PSOL no debate dessa noite como de todos os debates a serem realizados. Mas não só: defendemos a participação de toda a esquerda nesses debates, independente de terem ou não representação no Congresso Nacional. Sem a participação de todas essas candidaturas nos debates televisivos, a política nacional fica cada vez mais confinada apenas aos partidos da ordem e seus políticos tradicionais, que já provaram todo o seu fracasso.

 
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