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ELEIÇÕES
Candidatos à prefeitura em 8 capitais respondem por ações penais
Redação
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Assim como mais de 60% da Câmara dos deputados está envolvida em crimes que vão desde o desvio de verbas até a manutenção de trabalho escravo, 8 candidatos a prefeito em capitais estaduais são comprovadamente participantes em ilícitos.

Acusado pelo Ministério Público de ter forjado um flagrante e torturado pessoas em abordagem policial no Pará, além de ter ameaçado uma menor de idade e o pai, o deputado Delegado Éder Mauro (PSD) concorre este ano à Prefeitura de Belém.

Contra ele, tenta a reeleição o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), que responde a um processo por incêndio culposo (sem intenção). A Promotoria afirma que ele deixou de fazer reformas em um pronto-socorro que pegou fogo em 2015 e matou uma mulher.

Assim como eles, candidatos de ao menos outras sete capitais brasileiras respondem na Justiça em processos criminais.

Agora, além dos dois postulantes de Belém, enfrentam ações penais candidatos de Belo Horizonte, Fortaleza, Maceió, Recife, Porto Velho, Palmas e Aracaju. Três deles tiveram condenação em primeira instância.

Em Aracaju, o prefeito João Alves Filho (DEM), que concorre à reeleição, é réu numa ação sob acusação de corrupção passiva e peculato em processo relacionado à Operação Navalha, deflagrada em 2007 pela Polícia Federal.

O processo apura desvio de recursos destinados à duplicação da Adutora do São Francisco na gestão de Alves no governo de Sergipe, em contrato com construtora baiana Gautama.

Na capital mineira, Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do Atlético-MG, foi condenado na Justiça Federal sob acusação de apropriação indébita previdenciária.

Segundo a denúncia, ele teria deixado de repassar ao INSS contribuições recolhidas de funcionários em sua empresa de engenharia.

Policial militar e candidato em Fortaleza, Capitão Wagner (PR) responde a um processo por suposto dano, acusado de ter ajudado em um protesto em que mulheres impediram a saída de PMs para fazer a segurança em uma partida de futebol.

Candidato a prefeito de Palmas, Raul Filho (PR) tem uma condenação por crime ambiental por fazer uma construção sem licença em uma chácara de sua propriedade que fica em área de proteção ambiental.

Antes do início da campanha, um processo criminal sob acusação de peculato ameaçou deixar o deputado Celso Russomanno (PRB) fora das eleições de São Paulo, mas ele foi absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Ligados por mil e um laços a latifundiários, empresários do agronegócio, industriais da FIESP, às bancadas fundamentalista, do boi e da bala, os políticos dos patrões são protegidos pela legislação eleitoral independente dos seus crimes, e privilegiados com a livre participação em debates, quando a esquerda é praticamente vetada dos debates eleitorais. Exemplo disso está em São Paulo, em que Erundina (mesmo com 10% de intenção de votos) é impedida de estar nos debates por decisão de políticos porque o PSOL não possui 9 deputados federais. Entretanto, Major Olímpio, do Solidariedade ligado ao burocrata sindical Paulinho da Força, poderá participar mesmo tendo apenas 2% de intenção de voto.

Como afirma Diana Assunção, dirigente do MRT e candidata a vereadora em São Paulo pelo PSOL, "A exclusão nos debates é só uma das medidas que estão tomando para tentar impedir que surja uma forte esquerda em meio à crise de todos partidos da ordem, incluindo o PT que não só nos atacou retirando direitos como não quis resistir ao golpe ativamente, como se viu nos dias de paralisações que a CUT e CTB nunca construíram em suas bases. Enquanto a esquerda é excluída dos debates, tem o tempo de TV reduzido não falta espaço para políticos que não estão nem aí para população, com seus super-salários e fortunas, como é caso do tucano Doria, dono de uma das maiores mansões da cidade enquanto centenas de milhares vivem em favelas, como denunciei em um vídeo que viralizounas redes sociais. Nós do MRT e do Esquerda Diário lutamos para que a esquerda que surja desta situação tire lições da conciliação de classes promovida pelo PT, erguendo uma voz anticapitalista e que fortaleça as lutas dos trabalhadores, lutamos para que todos candidatos da esquerda possam ter direito a participar dos debates."

 
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