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Olimpíadas
Liberdade sexual causa rompimento de dupla olímpica, exacerbando moralismo e machismo
Rafaella Lafraia
São Paulo
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As desavenças entre a dupla brasileira de salto ornamental sincronizado da plataforma de 10 metros, Giovanna Pedroso e Ingrid Oliveira antecediam a Olimpíada Rio 2016. As duas chegaram aos Jogos sem conversar, mas a situação entre as atletas foi agravada devido uma situação tida, no mínimo, como moralista: no dia 09 de agosto, Ingrid levou para o quarto que dividia com Giovanna, na Vila Olímpica, o um atleta brasileiro Pedro Henrique Gonçalves da Silva. Após discussão, a atleta Giovana foi alocada em outro quarto e no dia seguinte reportou a situação ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Este comitê, inicialmente, quis tratar a questão de forma interna, para não deixar que o assunto se tornasse a pauta principal, pois a principal questão é a falta de medalhas para o país.

A atitude do comitê foi de uma abordagem educativa e não punitiva, mas evidenciando o machismo deste órgão olímpico o caso foi nomeado como caso Ingrid, além de tentar esconder o nome do atleta masculino envolvido. O machismo e o tabu em relação à liberdade sexual dos indivíduos, presente na sociedade, também se expressaram, pois o ocorrido tornou-se um escândalo, que gerou cisão entre os atletas da comissão olímpica brasileira.

Apesar de romances na Vila Olímpica serem considerados comuns e é historicamente sabido das práticas sexuais entre os atletas neste período de jogos, ao ponto do Comitê Olímpico ter feito o calculo para a distribuição de 450 mil preservativos – média de 45 por atleta, três por dia de competição – a reação moralista e machista do comitê fortalece a postura reacionária de vários indivíduos que julgam qualquer atitude libertária, principalmente se esta for de uma mulher e que, no caso, pode acabar se prejudicando justamente por ter se libertado das amarras conservadoras de um sistema opressor que também se faz presente dentro deste evento esportivo.

 
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