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CHINA
Protestos de trabalhadores chineses aumentam durante o primeiro semestre
Diego Sacchi

O governo chinês mostra como uma conquista ter conseguido certa estabilização na economia do país. As greves e protestos operários não diminuíram em quase nenhuma região do gigante asiático.

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Os dados coletados pelo site China Labour Bulletin (CLB) mostram que o aumento, no começo deste ano, no número de greves e protestos não foi somente um fenômeno relacionado às demandas do ano novo chinês.

Nos primeiros seis meses aconteceram uma média de oito protestos por dia, a maioria relacionadas com os atrasos salariais, fechamento de empresas e dívidas nos pagamentos de segurança social. No total aconteceram 1.454 protestos no primeiro semestre de 2016, em comparação a 1.224 no primeiro semestre de 2015, um aumento de 18,6 %, segundo informa o CLB.

As greves dos trabalhadores da construção representaram 40% das contabilizadas neste período, em boa parte motorizadas pela baixa nas obras públicas.

O setor onde mais cresceu o número de greves é o dos mineiros, que quase duplicaram de 41 na primeira metade do ano passado a 74 neste ano, o que reflete a queda continuada na indústria da mineração, em particular depois do anúncio do governo chinês de demitir mais de 1,5 milhões de trabalhadores do setor.

Outro dos setores onde vem crescendo o descontentamento e a organização dos trabalhadores são no comercial e nos serviços. Muitos empregados destes setores não têm contratos de trabalho formal, têm que trabalhar horas excessivamente longas e são vulneráveis às mudanças repentinas nas condições salariais e de trabalho. As recentes greves e protestos dos trabalhadores do Walmart o dos trabalhadores da China Unicom são indicativas.

A extensão geográfica das greves continuou sendo forte na zona industrial de Guangdong, às quais se somaram as províncias costeiras de Shandong e Jiangsu, assim como a província interior de Henan com mais de 100 protestos durante os últimos seis meses.

 
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