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LAVA JATO
Gilmar Mendes diz que não pediu o fim do PT e que outros partidos podem ser investigados
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, rebateu nesta segunda feira, 8, as criticas do PT e afirmou que não pediu o fim da legenda. De acordo com ele, outros partidos poderão ser alvos de investigação por terem se beneficiado de recursos públicos desviados da Petrobrás. ‘’Sem dúvida nenhuma. Esta questão terá que ser colocada a outros partidos, se for o caso’’.

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Porém Gilmar não respondeu que outras legendas poderiam ser investigadas e disse que os novos desdobramentos da Lava Jato, como o acordo de delação premiada dos executivos da Odebrecht, terão que ser analisados futuramente. ‘’Certamente, essas pessoas (Temer e Serra) vão ser provocadas. Por enquanto, o que nós temos são declarações iniciais. Certamente, isso materializando vai ter reflexo no âmbito da Justiça Eleitoral’’ disse.

De acordo com o ministro, as apurações contra o PT já estavam mais adiantas devido ao processo que investigou as contas da campanha de 2014 da presidente afastada Dilma. Gilmar foi o relator do caso e afirmou que o pedido de investigação já havia sido sugerido à Corregedoria Geral Eleitoral há cerca de onze meses, quando se encerrou a análise das contas da petista ‘’Nós não estamos propondo a extinção do PT, o que estamos dizendo que esta prática pode dar ensejo à extinção e a Corregedoria deve fazer a avaliação’’.

O fato é que com a delação premiada de Marcelo Odebrecht, a ala do partido do judiciário que quer fazer com que a Lava Jato se transforme numa "operação mãos limpas" ganha força frente à outra ala representada por Gilmar Mendes que quer fazer com que as investigações apenas se restrinjam ao PT. Frente a este cenário de correlação de forças desfavorável ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes foi obrigado a recuar parcialmente na sua intenção de acabar com o PT.

É preciso pensar que ficaria feio para o Judiciário perante a sociedade, frente à delação premiada de Marcelo Odebrecht, seguir com uma ação contra apenas o PT. Isto mostraria para a população o caráter arbitrário e anti-democrático do Judiciário, então é necessário colocar uma máscara supostamente democrática a este poder, dizendo que a investigação é contra todos os partidos envolvido em escândalo de corrupção.

A ação de querer colocar o PT na ilegalidade não tem nenhum interesse em combater a corrupção, mas sim abrir espaço para criminalizar também as organizações de esquerda. É preciso um plano de luta que questione os privilégios dos políticos e do judiciário, fazendo com que os dois setores ganhem um salário de professor e no caso do judiciário que os juízes sejam eleitos pelo voto popular. Para nós, a saída para conseguir estas demandas é através de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade.

 
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