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PAPA FRANCISCO
Papa abre discussão para inclusão das mulheres como diácono
Yuri Capadócia

Um dia após publicadas as declarações conservadoras do Papa Francisco condenando o ensino de questões ligadas a gênero nas escolas pelo mundo afora a partir do que caracteriza ele como "colonização ideológica", o Papa voltou a flertar com posições progressistas ao criar uma comissão especial para discutir a possibilidade de inclusão das mulheres na hierarquia principal da Igreja Católica, dando acesso ao diaconato.

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A comissão está formada por 13 pessoas, sete homens e seis mulheres, e estudará, em especial, o papel das mulheres que exerceram esta função durante os primeiros anos da Igreja Católica.

Os diáconos na hierarquia católica são o nível inicial do sacramento da Ordem - seguidos pelos presbíteros (padres) e bispos. Na atualidade, definem-se como sacerdotes apenas os padres. Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir o bispo e os padres nas celebrações, sobretudo na Eucaristia, distribuindo a comunhão, assistir ao matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar (fazer a homilia das missas), além de presidir funerais.

Entretanto, essa pequena concessão às mulheres, não passa de mais um flerte do papado com posições progressistas, de uma tentativa de colar-se com uma juventude que cada vez mais questiona-se quanto as posições anacrônicas e conservadoras da Igreja. Uma vez que, ainda que aprovado o diaconato para as mulheres, o Papa já afirmou por sua vez não acreditar que as mulheres possam ser padres, ideia que já havia sido rejeitada de maneira categórica por alguns de seus antecessores.

É mais uma tentativa da Igreja de passar uma imagem de reforma, quando na verdade se mantêm as mesmas posições conservadoras, que negam a igualdade entre homens e mulheres, entre heterossexuais e a comunidade LGBT, e outros posicionamentos reacionários, como evidencia-se pela composição da própria comissão que irá investigar a matéria, em sua maioria masculina. Ou seja, apesar de tentar maquiar, continuam as mulheres na Igreja Católica sendo relegadas a um papel secundário, sendo chamadas a compor, mas não decidir seu próprio caminho.

 
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