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LAVA JATO
Sergio Moro: a soltura de marqueteiros do PT e a próxima peça do xadrez
Rodrigo Leon
@RodHeel

No Judiciário, Sergio Moro utiliza as delações como peças de xadrez: Mônica Moura e João Santana (casal que atuava como marqueteiro das campanhas de Lula e Dilma) são soltos após colaborar com as investigações e pagar fiança de mais de 2 milhões de reais.

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A prisão de ambos foi efetuada em Fevereiro, e durante todo esse período ambos participaram de interrogatórios para "colaborar" com a Lava Jato.
Mesmo com denuncias de receberem propina da Odebrecht e de lavagem de dinheiro dos escândalos de corrupção da Petrobrás, o casal é agora liberado após pagar uma fiança de milhões de reais.

Tanto o pagamento da fiança quanto a maneira como é julgado o casal, aponta para as duas direções para as quais a Lava Jato está servindo.
A primeira direção é a do privilégio dos políticos e de setores envolvidos no jogo do parlamento burguês, mesmo com uma acusação tão grave de desvio de dinheiro público, ambos conseguem uma quantia exorbitante de dinheiro para sair da prisão e adiantar seus julgamentos rapidamente. Estes, com dinheiro, fazem com que suas vozes sejam ouvidas ao ponto de dizer metaforicamente: "confessamos nossos crimes, quanto temos que pagar pra sair daqui? E quem temos que denunciar para manter a corda fora do nosso pescoço?".

A segunda direção é a analise de Moro sobre o caso: este não pune o fato de que o casal está envolvido com corrupção (porque receber dinheiro de propina em um cargo político é corrupção), mas sim a lógica de quem a produz. Neste caso, aos olhos do Juiz Sergio Moro e do imperialismo, essa lógica era representada pelo governo petista, que até então estava aplicando os cortes à marcha lenta, o que fez com que setores da burguesia internacional e nacional fizessem um movimento brusco de busca pela cabeça de Dilma e Lula.

Moro articula e escolhe entre a soltura e as delações qual o próximo peão a ser movimentado para a derrubada total de Dilma e o alavancamento do governo golpista de Temer, ou até mesmo, uma outra peça que atinja a classe trabalhadora de forma mais brutal.

 
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