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FOTOGRAFIA
Êxodos, por Sebastião Salgado
Pattrícia Pitombo

A exposição Êxodos assinada por Sebastião Salgado, Fotógrafo Mineiro com curadoria de Lélia Wanick Salgado está em Salvador na Caixa Cultural até 21 de agosto seguindo para Recife e depois Curitiba.

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Êxodos é um trabalho de 6 anos em que Salgado percorreu 40 países e retratou migrantes, refugiados e exilados, enquanto percorreu América Latina, África e Ásia. A exposição é dividida em cinco partes: Megacidades, Luta pela Terra, Refugiados, África e Retratos de Crianças.

Em Megacidades, Salgado mostra que mesmo em lugares distantes a pobreza e miséria fazem parte da explosão demográfica das megalópoles, de São Paulo a Bombaim o visitante vai percorrendo a semelhança de como as pessoas vão se amontoando em condições insalubres e sobrevivendo a sua própria sorte.

A exposição segue com A Luta pela Terra, onde são retratados conflitos que vão do interior do Sem-Terra do Paraná aos índios da Amazônia e as lutas dos rebeldes zapatistas no México. São Fotografias da resistência, da luta por um pedaço de terra e pelo direito a vida.

A terceira parte da exposição de Sebastião é sobre os Refugiados e Migrados de guerras na África e Europa e Ásia como os Curdos, Bósnios, afegãos que fugiram da guerra, crianças vietnamitas nascidas em campos de refugiados em Hong Kong até os Mexicanos na fronteira com EUA na busca de uma vida melhor e longe da guerra e da pobreza.

Em África, Salgado mostra um pouco de Ruanda, Angola e do Sul do Sudão. O genocídio dos Tutsi em Ruanda onde 1 milhão de pessoas morreram. E os Hutus de Ruanda refugiados no Zaire.

Por fim a exposição traz Retratos de Crianças nos Campos de Refugiados na África, Ásia e América Latina, crianças indígenas que lutam pelo seu pedaço de terra. Na descrição, o fotógrafo discorre sobre o recorte a parte que as crianças são no meio de toda essa situação de miséria, elas sempre se ressaltam, por isso não poderia deixar de ter uma parte da exposição para lembra-las. Olhos vivos, brilhantes e tristes. Crianças marcadas tão cedo pela dor da fome, da guerra e da miséria de não pertencerem a um lugar e terem que ir em busca de sua terra prometida, busca esse em que muitos não saem vivos.

Num quadro de giz, com o mapa-mundi, os visitantes deixam mensagens e entre elas pedidos de mais amor e expressam sua tristeza pelas pessoas que ainda vivem nessas condições desumanas, mais perto de todos nós do que possamos crer. É atual esta violência que tira as pessoas de sua terra natal todos os dias pela fome, pela guerra, pela intolerância e pela grande desigualdade social do capitalismo que esgota os recursos naturais do mundo explorando cada vez mais os mais necessitados.

Fica então o convite para todos que puderem visitar e vivenciar um pouco dessa exposição que traz à tona uma realidade para qual muitas vezes fechamos os olhos e que está aí a todo momento. Apesar das fotos terem sido tiradas há algum tempo poderíamos pensa-las nos dias de hoje, principalmente pela questão dos refugiados e imigrantes expulsos da Europa num verdadeiro genocídio e que se encontra com as questões que Sebastião Salgado evidencia em Êxodos.

 
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