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TERMINA A GREVE DOS PROFESSORES
Depois de quase 5 meses, termina a greve dos professores do Rio de Janeiro
Redação Rio de Janeiro

Depois de quase 5 meses de greve os professores da rede estadual votaram pela suspensão da greve no dia 26/07. Com 792 votos pela suspensão, 503 pela continuidade e 38 abstenções, a greve terminou nas vésperas das Olimpíadas.

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O governo Dornelles/Pezão depois de meses de enrolação e ataques aos professores e estudantes, como os cortes de 17 dias descontados dos salários, tentaram de todas as formas derrotar a massiva greve que começou com adesão de mais 70% da categoria. A greve não conseguiu nenhum reajuste salarial e várias pautas não foram atendidas. As vitórias parciais foram: a possibilidade de escolha do diretor de escola pelo voto (publicado no Diário Oficial); abono das greves de 1993 a 2016 (publicado em D.O); 30 horas para funcionários administrativos das escolas, aprovou na ALERJ em 22/06 e aguarda a sanção do governador; Filosofia e Sociologia com dois tempos (publicado em DO em 06/06); descentralização da Perícia Médica.

São conquistas parciais importantes no marco da maior greve da história da rede estadual do Rio de Janeiro, porém sem atingir todo potencial de mobilização que este processo de luta poderia cumprir. Durante a greve foi votado o impeachment na Câmara e desde de ter assumido o governo golpista do Temer a presidência interina, se intensificaram os ataques e ajustes do PMDB, que faliu o Estado em obras superfaturas, atingindo o teto da dívida pública, muitos escândalos de corrupção e isenções bilionárias.

A greve da educação impediu o aumento de 11% para 14% a contribuição previdenciária. No entanto, desde 2014 a categoria não tem reajuste e com os parcelamentos e atrasos na pratica com a inflação os salários estão diminuindo. Durante o período de greve junto a outros setores da educação em luta, como a UERJ, foram barrados também o projeto escola sem partido e por hora não será feita nenhuma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias que abra brechas para a demissão sumária de servidores públicos como pretendia Dornelles.

A maioria da direção do SEPE (PT, PCdoB, US) saíram da greve de costas comemorando o seu final, quando já estavam há meses atuando para que ela acabasse, intensificando nas últimas semanas para votar o fim da greve nos núcleos e regionais. Apostaram numa greve rotineira que ia de negociação a negociação, sem colocar o peso da força dos professores para parar a cidade, sem se unificar pela base com nenhum setor em luta num momento em que quase toda a educação estava em greve. A direção também manteve uma política corporativa e a separação da político da luta sindical. As ocupações das quase 100 escolas no Rio de Janeiro, foram força viral para a greve de professores.

Agora com o Rio de Janeiro servindo de vitrine do Brasil para o mundo e sendo o local de ensaio dos ataques que querem impor nacionalmente aos trabalhadores, esta colocada a tarefa de avançar em balanços profundos desta greve e das direções do movimento e se armar para os embates futuros.O governo disse que pagará os descontos dos salários cortados nesse mês, mas os professores estão em alerta porque não se pode confiar em quem esta há meses atrasando, parcelando nossos salários e deixando de pagar aposentados. A greve acabou, mas o debate sobre a reposição dos dias está em aberto. Os professores votaram paralisação do calendário e reorganização após o término da greve, uma nova audiência está marcada para o governo apresentar uma contraproposta. Dia 30/07 está marcada uma nova assembleia e a assembleia votou se incorporar no ato contra as Olimpíadas no dia 05, na abertura dos jogos.

 
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