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CAMPINA GRANDE (PB)
Trotsky, sempre banido, é objeto de debate nas universidades
Shimenny Wanderley
Campina Grande
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Um conjunto de atividades realizadas em universidades paraibanas tem impulsionado o debate acerca das ideias do teórico e revolucionário Leon Trotsky. Esses debates emergem em um marco de uma crise orgânica (econômica, política e social) no país e numa conjuntura mundial de aprofundamento da crise capitalista, quando as ideias marxistas voltam a entrar em cena num espaço anticapitalista muito mais amplo que é onde os trotskistas fazemos nossa intervenção política.

No dia 07 de julho aconteceu uma mesa debate na qual o professor de Ciência Política Gonzalo Rojas, por Esquerda Diário, apresentou uma conferência sobre Trotsky, como parte da programação do II Seminário de Tradição Marxista no Século XX na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Já disponibilizamos o vídeo com sua conferência completa neste jornal e fazemos agora novamente.

Em linhas gerais, Gonzalo Rojas traçou as ideias fundamentais de Trotsky como o combate a ascensão do Stalinismo, enfatizando toda a perseguição política stalinista e toda a dificuldade que Trotsky teve para difundir sua teoria; os escritos sobre o fascismo, destacando a atualidade deste; crítica ao PC da Alemanha; sobre o programa de transição, as estratégias e táticas de luta do proletariado, entre outros a partir de uma visão ofensiva do marxismo.Apresentou também as críticas de Trotsky as políticas do estalinismo na China, na França, na Alemanha e na Espanha.

Por fim, falou um pouco sobre as contribuições da teoria e também da pratica revolucionária de Trotsky para os dias atuais afirmando que traz lições valiosas para a classe trabalhadora, do ponto de vista político e estratégico, que é um revolucionário que deve ser estudado e sua estratégia deve ser tomada a sério, principalmente no momento político que nos encontramos. Falou da importância de ler e divulgar a obra de Trotsky.

No dia 29 de julho, nesta sexta, acontecerá na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no campus de Guarabira a palestra intitulada “Crise brasileira a partir do marxismo: um olhar Trotskista”, que também será proferida pelo professor Gonzalo Rojas por Esquerda Diário, dentro do Projeto de Extensão Espaço Social: Identidades, memórias e culturas, que será no auditório do Centro de Humanidades, ás 19:30 hs. O evento objetiva proporcionar um entendimento do processo político atual à luz da teoria marxista em particular do Trotskismo e de como intervir na luta de classes dentro deste cenário.Além da recuperação de Trotsky frente aos neoliberais, as tentativas de saídas pela ultradireita, neodesenvolvimentistas ou neokeynesianos que acreditam que é possível regular o capitalismo no campo anticapitalista o trotskismo de recuperar a perspectiva do marxismo revolucionário e do comunismo, como possibilidade de superação do capitalismo.

Já nos dias 02 e 03 de agosto acontecerá o minicurso “Trotsky: Literatura e Revolução”na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), organizado por Esquerda Diário e ministrado pelo Prof. Romero Venâncio da Universidade Federal do Sergipe (UFS), que será no auditório do Centro de Humanidades, ás 18:30 hs. O minicurso tem entre outros objetivos, de acordo com o prof. Romero, de inserir no debate contemporâneo da crítica da arte desde uma perspectiva marxista, demostrando a atualidade de Trotsky no debate estético e político atual. Para mais informações, recomendamos a leitura da matéria de Nivalter Aires sobre este evento publicada neste jornal.

Questionado, por Esquerda Diário, sobre importância política de debater as ideias de Trotsky na academia, que é um ambiente historicamente hostil a este teórico, o prof. Gonzalo Rojas respondeu: “Trotsky não é um marxista palatável. A direita em todas suas variantes, a ideologia dominante nos quer fazer acreditar que o marxismo é sinônimo de stalinismo, e mesmo com seu afundamento que esta é a única possibilidade de comunismo. Com Trotsky se recoloca a alternativa comunista, frente a todos os imperialismos e frente ao contrarrevolucionário stalinismo. Trotsky nos permite mostrar que existiram homens e mulheres de carne e osso que lutaram e deram suas vidas por outras perspectivas. É necessário recuperar uma visão ofensiva do marxismo desde uma perspectiva marxista revolucionária”.

Trotsky foi banido pelo stalinismo, lógico que em outro nível, também na academia, desde Esquerda Diário, no marco da crise geral do capitalismo, enfrentamos com força o debate teórico contra as modas acadêmicas expressões patéticas da própria crise das ideologias dominantes. É muito importante retomar as contribuições de Trotsky trazendo para a análise do cenário político atual e de como intervir na luta de classes, no sentido de construir uma sociedade nova sem explorados, nem exploradores, e para isso a necessidade da construção de partidos revolucionários a nível nacional e internacional, que para nós é a IV Internacional.

 
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