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OLIMPÍADAS
Desrespeito aos trabalhadores e repressão para a esquerda, é a passagem da tocha olímpica em São José dos Campos
Evandro Nogueira
São José dos Campos
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Uma coisa é ler as notícias e a pesquisa sobre os quase 70% de rejeição às Olimpíadas, outra coisa é estar entre os trabalhadores que precisam caminhar mais que o comum porque o transito está fechado para a passagem da tocha. “Saúde e educação caindo aos pedaços e vão gasta dinheiro com isso!”, cada trabalhador se transforma em um agitador popular. Em um clima assim a ordem só é garantida com a ocupação ostensiva do exército e da PM. Esse foi o cenário que encontrei nessa terça-feira, 26, durante a passagem da tocha em São José dos Campos, já na reta final para o Rio de Janeiro.

Um gigantesco operativo com dezenas de carros, ônibus, caminhões, telões, centenas de homens das forças armadas. Quantas centenas de milhares de reais teria custado esse dia de transtornos aos trabalhadores? Dinheiro de quem que pagou? Bastava se afastar um pouco da aglomeração principal para ver filas de pessoas caminhando, cansadas, pelas ruas do centro à procura do ponto provisório onde deverão pegar o ônibus para voltar pra casa. “Querem fazer evento tudo bem, mas coloca sinalização explicando as mudanças pelo menos.” Uma hora esperando e o ônibus não passa, “será que é aqui mesmo?”. Trabalhe o dia inteiro e depois ganhe de brinde o desafio de descobrir como voltar pra casa, esse foi o espírito olímpico em São José dos Campos na passagem da tocha.

No parque da cidade, perto dali, shows aqueciam o público aguardando a tão esperada, mas eis que a banda chama o coro, “fora Temer”, e o público acompanha!

Encerrado o estrambólico evento, a PM cerca o sindicalista Luiz Carlos Prates, o Mancha, do PSTU, que entoava palavras de ordem durante a passagem a tocha e o leva à delegacia. Ninguém sabe explicar o motivo, os policiais apenas dizem que cumprem ordens. Alguns minutos depois Mancha foi solto. Ele participava da manifestação pacífica que ocorreu durante o evento, contando com a presença do Sindicato dos Metalúrgicos e Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, além de outros ativistas que se somaram e denunciavam os exorbitantes gastos com as Olimpíadas.

Veja aqui vídeos da repressão ao Mancha:

Leia aqui matéria publicada no site do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

 
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