A cantora londrina iniciou sua trajetória musical aos 13 anos. Frank Sinatra musicalizou sua infância graças à influência de seu pai e aos 14 anos já escrevia suas primeiras canções. Chegou a consagrar-se como a artista com o disco mais vendido do século XXI no Reino Unido com Back to Black.
Seu talento indiscutível e sua voz demolidora foram o estopim do ascenso de sua popularidade entre as mulheres dedicadas à música.
Morreu perpetuando um mito da cultura do rock e do pop que fetichiza a morte e a oferece como uma mercadoria. Hoje, se buscarmos a Amy Winehouse no Google, o que nos aparece primeiro é: “Amy Winehouse morta”. Não recordamos a Amy por seu contralto virtuoso, mas sim por seus excessos, suas aparições em cena embriagada ou fumando crack.
Recordemos a Winehouse como quem com Black to Black misturou jazz, rock, ska e ritmo & blues e levou o soul a alto. Como quem abriu caminho a que outras artistas com vozeirões (destes que arrepiam a pele) chegassem a alcançar reconhecimento popular por fora das imposições e extravagâncias das companhias discográficas. Adele, Sia, Duffy: o talento vocal chegou após o auge das edições em estúdio, novamente o número um, não somente porque Sia canta sem mostrar o rosto, mas sim, porque antes houve uma tal Amy Winehouse, que soube romper os estereótipos com uma personalidade única e um talento indiscutível.