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DENÚNCIA DO TRABALHO
Eu Empregada Doméstica: o cotidiano revoltante de milhões de brasileiras
Redação

Com mais de 70.000 curtidas em dois dias, a página do Facebook e a hashtag #EuEmpregadaDoméstica contam relatos de desrespeito, exploração, abuso, machismo e racismo vividos pelas empregadas brasileiras.

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Criada pela professora, raper, ativista e ex-empregada doméstica Joyce Fernandes, ou Preta Rara, a página dá voz a essas mulheres que aguentam uma rotina de abuso e humilhação para garantir o pão de cada de dia.

Muitas mulheres que trabalham como domésticas também já foram terceirizadas da limpeza ou da cozinha em grandes empresas ou repartições públicas, e todas elas têm em comum o trabalho precário.

É comum também que várias mulheres de uma mesma família sigam por este emprego. Entre elas a maioria negras, descentes de mulheres escravizadas, numa profissão que em muito remonta a escravidão.

De acordo com o IBGE, mais de 6 milhões de mulheres trabalham com serviço doméstico no Brasil. São muitas brasileiras vivendo nas condições relatadas na página, além das filhas e filhos, que às vezes moram com as mães na casa onde elas trabalham e também acompanham a rotina de humilhação.

Nos relatos publicados na página é corriqueiro o pedido para que as empregadas comam na cozinha, além de xingamentos e acusações, que vão desde elas supostamente terem comido alguma guloseima especial dos patrões, usado o telefone demasiadamente ou até roubado dinheiro e pertences.

É revoltante passar pelos relatos e ver como essas mulheres vivem sob pressão em casas de famílias ricas e de classe média, algumas expostas como propriedade da família, como o exemplo da babá negra que empurrava o carrinho de crianças ricas em umas das manifestações de apoio ao golpe. Abusos comuns aos patrões de empresas também são encontrados, como patroas que "recomendam" que as empregadas não fiquem grávidas, sob ameaça de demissão.

Cabe lembrar os chiliques da classe média e alta frente à conquista de direitos trabalhistas das empregadas domésticas, em 2015, e cabe também lembrar que até hoje esses direitos não são de acesso à todas as empregadas domésticas do Brasil.

Nós do Esquerda Diário convidamos leitoras e leitores a acompanhar os relatos dessas mulheres na página Eu Empregada Doméstica e também abrimos nossas próprias páginas para as denúncias delas e de outras trabalhadoras e trabalhadores que se inspirem em denunciar seus patrões e os abusos que sofrem no ambiente de trabalho.

 
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