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PROFESSORES MINAS GERAIS
Em MG, Pimentel nega piso salarial para 2015
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais
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Enquanto no Paraná o governo do PSDB de Beto Richa deixou ao menos 200 professores feridos, 17 presos, com uma repressão violenta aos professores em greve que lutam contra os ataques à aposentadoria, em São Paulo os professores em greve bloquearam diversas rodovias já que o governo do PSDB não aceita negociar com a categoria. E na rede estadual de Minas Gerais o governo acenou com propostas sobre carreira e a implementação do piso apenas em 2018.

Esses foram os resultados da negociação da direção do SindUTE com o governador do estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT. Sobre a implementação do piso já, demanda motora da categoria desde 2008, o governo de Pimentel manteve-se sem conceder esta reivindicação. Ao contrário disso, seguiu a negociação com o sindicato, propondo o fim da proporcionalidade, em base à jornada existente na carreira (R$1917,00) e o fim do subsídio como forma de remuneração. O piso então, como proposta do governo, seria implementado a partir de 3 reajustes, (1º de 13,6% em 2015, 2º de 8,21% em 2016, 3º de 7,72% em 2017, equivalente a R$190, R$135, R$137,47, respectivamente), todos em forma de abono. O abono valeria para todos os trabalhadores da educação, porém os reajustes anuais do piso salarial não estão garantidos para todos os demais trabalhadores auxiliares, assistentes e analistas, o que divide os trabalhadores da educação.

Essa proposta mostra como o governo de Pimentel é um governo que não atende as verdadeiras demandas dos docentes. Em seu governo os deputados foram a favor de maiores privilégios para eles mesmos, votando 53% de aumento para o auxílio moradia, passando de R$ 2.850 para R$ 4.377,73. Isso sem contar os salários de R$ 17.165,33 (e demais privilégios como o próprio auxílio moradia) para cada um
dos 77 deputados. Essa é uma mostra como no governo do PT os trabalhadores seguem reféns das negociações entre os interesses dos ricos e seus representantes, conforme seus privilégios. Para os deputados super salários e mais privilégios. Já para os professores um plano de implementação do piso que segue aquém do salário digno para manter uma família, estabelecido pelo DIEESE como R$3.186,00.

O sindicato acena em aceitar a proposta sem luta contra o governo petista de Pimentel. E para isso dizem que os governos do PT seriam melhores que os governos do PSDB, pois ao menos negociam. Deixam de dizer que o fazem com a corda no pescoço de milhares de professores. Sequer o mínimo da categoria o governo concede. Diferente do que acena a direção sindical, não é porque é do PT que o governo do Pimentel merece passar sua proposta sem luta dos professores contra os governos petistas. É necessário unificar as greves em curso das redes estaduais (PR/SP/PA/SC/PE) junto às redes municipais (em Minas Gerais os professores de Betim já estão em greve) em um plano de lutas unificado. E os sindicatos dirigidos pela CUT MG, como o de professores, deve estar a serviço disso.

 
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