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ESTADOS UNIDOS
De Baton Rouge a Baltimore: Justiça para quem?
Gloria Grinberg

Logo do ataque contra os policiais de Baton Rouge publicaram vídeos de Gavin Long, quem protagonizou o tiroteio contra os oficiais e tinha como estratégia combater a polícia frente aos assassinatos contra os afro-americanos. Este homem havia estado entre as fileiras do exercito e esteve combatendo no Iraque. Também foi um dos enviados as bases militares em Okinawa, entre outras missões designadas, pelo qual recebeu medalhas de honra e o cargo de sargento.

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No último domingo, Gavin morreu em um enfrentamento com a polícia, quando disparou e deixou três vitimas fatal do lado das forças repressivas.
O stress oficiais que morreram eram Montrell L. Jackson, Matthew Gerald y Brad Garafola. O presidente Barack Obama, ordenou que as bandeiras nacionais fossem erguidas a meia haste na Casa Branca e em todos os edifícios públicos, postos militares e em bases navais ate dia 22 de julho em homenagem aos três policiais falecidos.

Gavin se respaldou nas redes sociais para difundir suas ideias contra o governo e a ideia de formar um grupo de "cidadania soberana"; achava que não conseguiria justiça através das mobilizações, e por isso o enfrentamento armado era a melhor ferramenta contra a opressão racial. Seu nome no youtube e nas redes sociais era Cosmo Ausar Setepenra.

No mesmo dia em Baltimore, cidade onde fez dois anos não sozinho mobilizações pelo assassinato do jovem afro-americano Freddie Gray, também teve enfrentamentos direto com a polícia, que não avançaram para que a justiça ainda encontre algum responsável pela morte de Freddie.

Na segunda-feira a polícia da mais alta categoria que tinha encargos pela morte de Freddie Gray, o tenente Rice, foi absolvido da acusação de homicídio involuntário e outras acusações contra ele. Para o juiz Barry G. Williams,a responsabilidade da morte de Freddie Gray não esta nos golpes e na tortura que recebeu da polícia, senão em que não foi colocado corretamente o cinto de segurança enquanto era levado no carro de polícia.

Segundo os fiscais a decisão de não colocar o cinto de segurança em Gray preparou o cenário para sua morte. Os presos que estão encarcerados e são transportados sem o cinto de segurança, podem ser empurrados violentamente, sobre tudo quando os agentes pegam curvas fechadas intencionalmente.

Fazem dois anos que Freddie Gray, foi detido pela polícia e recebeu golpes e torturas, especialmente em suas costas. Depois de uma semana no hospital ele morreu, provocando um levantamento em Baltimore contra a violência, o racismo e a brutalidade policial que levou a enfrentamentos entre os manifestantes e a polícia do local.

Pra vários meios, o veredito não os tomou de surpresa porque as testemunhas e as provas foram as mesmas utilizadas por juízes anteriores, dos quais terminaram absolvidos os e o terceiro com o jurado em desacordo.
O ano passado se anunciaram possíveis acusações contra seis policiais pela morte de Gray. Ainda há outros três oficiais para ser julgados, que enfrentarão um novo julgamento.

Uma reconhecida ativista de Baltimore, Tawanda Jones, irmã de outro jovem negro assassinado pelo polícia há três anos, Tryrone West, se encontrava no lugar e expressou seu repudio a esse acontecimento escandaloso: " Estou desgostosa, como de costume, estão dando uma mensagem para todo o mundo: nossas vidas não importam e isso é triste."

No entanto ainda que não haja nenhuma condenação sobre os policiais acusados, este fato veio a por em discussão o papel da polícia entre a juventude dos bairros pobres. Também fez com que a maioria dos casos de assassinatos contra os jovens e cidadão afro-americanos, ainda que os policiais responsáveis não tenham sido condenados, como denuncia, entre outros meios, o vídeo realizado por

AJ+

O que acontece com os oficiais que matam os homens negros

Na mesma segunda-feira, também se iniciou a convenção republicana, onde o comissário Clark anunciou: " Tem que preparar para enterrar os três policiais mortos em Baton Rouge, mas ao menos tem uma boa notícia: o tenete Rice foi absolvido de todas as acusações", e como se voltássemos aos velhos tempos da Ku Klux Klan,a audiência celebrou a absolvição dos responsáveis da morte de um jovem que se encontrava sobre custodia policial.

Nos Estados Unidos, o numero de vítimas pela brutalidade policial não deixa de crescer, assim como tampouco as manifestações exigindo justiça e as marchas quando se completa aniversário da morte de alguma das vítimas. Em 17 de julho, com uma mobilização organizada pela filha de Eric Garner, centenas de manifestantes marcharam em Staten Island, em Nova Iorque ao completar-se dois anos da morte de Eric Garner,que morreu ao ser estrangulado pela polícia e cujo o grito " não posso respirar"(I can´t breathe), foi reproduzido por milhares de pessoas que saíram as ruas exigindo justiça.

Frente aos acontecimentos de casos de assassinatos que ocorrem ano pós ano nos Estados Unidos em sua maioria contra a população jovem afro-americana, as ondas com mobilizações se levantam outra vez. Sem embargo, nem o estado nem a justiça parecem dar conta das demandas deste movimento, e ao ocorrer casos como os recentes assassinatos dos policiais, aumentam ainda mais as medidas repressivas contra a população em geral. Enquanto a justiça tem ouvidos surdos a essas demandas, surgem personagens como Gavin Long, que acredita tomar em suas mãos a " justiça por suas próprias mão".

Tradução

 
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