Essa orientação é à base da estratégia de conciliação com a direita promovida pelo PT, em sua tentativa de ganhar mais votos favoráveis ao retorno de Dilma. Deixando bastante claro que o melhor é abandonar a luta de classes contra a direita e tentar convencê-los com conchavos e pressão pacífica.
Acrescentou ainda que “Quando um companheiro encontrar um golpista em um bar não é para fechar a cara não, é para conversar civilizadamente, democraticamente” e oferecer “amor como resposta”. Obviamente porque precisam convencer sua base do inaceitável, que num possível retorno de Dilma as coisas melhorarão no país e possam seguir sua estratégia de conciliação de classes com a burguesia ajustadora e golpista.
Segundo Lula o destino de Dilma e do País encontra-se nas mãos de seis senadores, ou seja, para que organizar as bases da CUT contra o golpe, os ajustes, privatizações e desemprego, se podem continuar fazendo os acordos nas alturas enquanto milhares de jovens e trabalhadores vivem na miséria? Tão logo o melhor é pedir gentilmente do que arrancar nossos destinos das mãos dos corruptos e exploradores que ajudaram a eleger e de quem agora precisam para retornar ao poder.
Essa mensagem de Lula é parte de uma guinada do PT em busca de acordos, como no apoio a eleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara , o elogio feito por Dilma ao golpista ajustador Henrique Meirelles, e mesmo o chamado de greve geral feito pela CUT, como vimos denunciando.
Essas são expressões de que o PT segue sendo o mesmo partido da conciliação que leva a derrota os trabalhadores, os iludindo e fazendo pensar que é possível dar “amor como resposta” à burguesia, quando na verdade é o oposto: só com luta de classes que combatemos o capitalismo e a classe dominante, já que nossos interesses de classe são opostos.
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