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PARALIZAÇÃO NA PREFEITURA DA USP
Termina com grande vitória a paralisação na prefeitura da USP
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Paralisados desde o dia 08 de abril contra os assédios homofóbicos promovidos por alguns chefes da unidade, trabalhadores da prefeitura da USP conseguiram ontem acordo que garante pagamento das horas paradas e decidiram retornar o trabalho em reunião de unidade nesta manhã.

Video da chegada dos delegados da Prefeitura da Usp ao Congresso dos trabalhadores

Entrevistamos Yuna Ribeiro, trabalhadora da prefeitura do campus e delegada no CDB (Conselho Diretor de Base) do SINTUSP sobre o fim da paralisação.

Esquerda Diário: Quais foram os termos do acordo que chegaram com a direção da prefeitura e a reitoria depois de 20 dias de paralisação?

Yuna: Tivemos reunião de negociação na Prefeitura ontem a tarde. A proposta é a seguinte: pagamento de salário e benefícios dos dias parados mediante retorno ao trabalho, com possibilidade de compensação de horas para trabalhos acumulados da paralisação, se existir justificativa e em comum acordo com o funcionário. Essas horas vão ficar num banco de horas, que poderá ser usado nos limites legais até dezembro. Temos registrado em ata pelo Vice-prefeito, que as horas só serão usadas, se comprovada a necessidade e apenas para trabalhos acumulados da paralisação. Na prática, esperamos que seja parecido com o final da greve de 2014.

ED: Qual o balanço vocês fazem deste acordo e da paralisação?

Yuna Ribeiro: Consideramos que tivemos ganhos muito importantes com a reitoria reconhecendo os casos de assédio, afastando as chefias, assumindo um cronograma para melhoria nas condições físicas de trabalho e pagamento de salários e benefícios dos dias parados. Acreditamos que voltando com esses avanços temos força para barrar qualquer abuso ou tentativa de reposição de horas sem necessidade. Os trabalhadores da prefeitura agradecem pela força e determinação de todas e todos que nos apoiaram de alguma maneira, vamos levar pra sempre mais esse grande exemplo de luta e orgulho da Prefeitura!

Ainda sobre o balanço da paralisação, Barbara Delatorre, trabalhadora do Hospital Universitário e uma das impulsionadoras da Secretaria de Mulheres do SINTUSP, completou dizendo que “a greve da prefeitura conseguiu afastar quatro chefes que praticavam assédio moral com cunho homofóbico. Sem dúvida é uma grande vitória e grande exemplo do papel que os trabalhadores podem ter ao se colocar ao lado de seus companheiros e companheiras de trabalho combatendo o assédio e a homofobia que leva à problemas psiquiátricos e à uma vida de privações de todos os tipos. Essa atitude dos trabalhadores da prefeitura fortalece a unidade entre a categoria e a luta pelo livre exercício da sexualidade. Isso vem sendo construído também com iniciativas como o debate contra o Machismo e a Homofobia realizado durante a greve do ano passado”.

 
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