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GREVE E OCUPAÇÃO UNICAMP
Reitoria ameaça reintegração de posse com tropa de choque na Unicamp
Redação

Estudantes, funcionários e professores da Unicamp, junto a dezenas de apoiadores passaram a noite em vigília frente a ocupação da reitoria nesta madrugada de quinta- feira (23). O movimento de greve e ocupação reivindica cotas raciais, ampliação da moradia e políticas de assistência estudantil para que estudantes negros e pobres possam ter acesso e conseguir seguir seus estudos na Universidade e se coloca contra os cortes milionários aplicados no orçamento da Universidade este ano, que prejudicarão os serviços cortando empregos de trabalhadores terceirizados da limpeza e também atacando a já precária infraestrutura do Hospital das Clínicas (HC) com redução de leitos e aumento nas filas. Os estudantes também querem a garantia por parte da reitoria de não punição aos membros do movimento.

Reproduzimos abaixo nota publicada na página oficial do movimento, contendo os últimos tramites da negociação e expressando a vontade de reabertura das negociações por parte dos estudantes.

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Imagem de divulgação retirada da página Ocupa Tudo Unicamp 2016

Em nota publicada no dia 22 de junho de 2016 a Reitoria da Unicamp alega que esgotou as possibilidades de negociação com os estudantes em greve e ocupados. Afirmam que a reitoria estava disposta a negociar com os alunos que mantiveram uma postura intransigente e irresponsável. Entretanto, nas sete reuniões de negociação que aconteceram entre os alunos e representantes da reitoria, diversos pontos das pautas estudantis não foram discutidos, como o acesso das terceirizadas à biblioteca e ao restaurante universitário e a punição aos alunos participantes do movimento.

Ao contrário do que diz a nota publicada, os alunos estão abertos e dispostos a continuar a negociação. A decisão pelo fim das reuniões partiu dos membros da reitoria que tem sido intransigentes na discussão de algumas das pautas. O movimento entende que os avanços até aqui alcançados não contemplam a mobilização geral, visto que a discussão sobre os cortes na Universidade que comprometem a qualidade do ensino, a permanência e o trabalho dos funcionários, não foram discutidos durante as reuniões de negociação.

É importante ressaltar que ao contrário do que informa a nota, o movimento de greve tem crescido a cada semana, institutos que nunca haviam paralisado como IMEEC, FEM, FEA, IFGW e FCM aderiram a greve por cotas e permanência. Além da categoria de estudantes, docentes e funcionários também aderiram ao movimento de greve.

Os alunos tem tentado manter a mobilização na base do diálogo, de atividades que discutam as pautas e intervenções em salas, inclusive as intervenções de sala. Nessas atividades, os alunos tentam garantir que a greve seja mantida e que os mesmos não sejam penalizados com aulas e provas. Diante de um movimento legítimo e em ascendência, não cabe aos professores decidir pela continuidade das aulas. Inclusive, alguns professores contra a mobilização, agrediram alunos física e moralmente em piquetes, cometendo crimes previstos na Constituição vigente, como racismo e assédio moral.

Chegou ao conhecimento do movimento, extra oficialmente, de que frente ao fim das negociações, a reitoria deu autorizou a ação da PM dentro do campus para concluir a reintegração de posse. Precisamos lembrar que, em 2013 foi acordado entre a reitoria e os estudantes, por meio de uma ocupação do mesmo local, que a polícia militar não poderia entrar nos campi da universidade. Dessa forma, a reitoria rompeu com dois acordos: 1- permitindo a entrada no campus e; 2- esperar a decisão da assembleia dos estudantes para tomar qualquer decisão sobre a reintegração de posse do prédio da reitoria.

Gostaríamos de ressaltar que mesmo com essas falhas da reitoria, continuaremos abertos ao diálogo para encaminhar as negociações das pautas.
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‪#‎NãoaPMnoCampus‬

 
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