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INDÚSTRIA
Força Sindical: polícia e coveiro das lutas operárias
Santiago Marimbondo
São Paulo
Fábio Nunes
Vale do Paraíba

No dia 8 de março de 1991 surgia a Força Sindical. O ideal das direções da nova central era o de adaptar o sindicalismo brasileiro às necessidades "neoliberais" da década de 1990. Enquanto sua grande concorrente, a CUT, surgiu de um processo legitimo de mobilização da classe operária brasileira, para ir se burocratizando cada vez mais com o passar do tempo, se tornando uma central diretamente patronal durante os governos Lula e Dilma, a Força Sindical surge como central sindical criada diretamente pela patronal para desde o inicio ser braço dos patrões dentro do movimento operário. Hoje, com mais de 1600 entidades sindicais filiadas, é a segunda maior central sindical do país.

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A Força e as demais Centrais (CUT, CGT, CTB, etc) dizem que vão intensificar a luta para manter os direitos dos trabalhadores e reduzir drasticamente a desigualdade social nestes tempos de crise econômica com 12 milhões de desempregados. Porém desde o começo da crise e com o aprofundamento dos ataques as nossas condições de vida, salários, empregos, mantiveram o imobilismo e não organizaram nenhuma luta séria até aqui.

Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força e deputado federal pelo Solidariedade-SP, foi um dos principais articuladores do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados e fiel aliado do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sendo um dos políticos mais conservadores do Brasil hoje.

Parceiro da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Paulinho da Força afirma que é preciso neutralizar a retirada de direitos, a desindustrialização, o desemprego e lutar junto ao governo golpista de Michel Temer e o Congresso, para que sejam aprovadas medidas que beneficiem os trabalhadores. Mas na prática Paulinho negocia direitos dos trabalhadores pelas costas, defendendo a PL da terceirização, como se essa fosse criar mais empregos e sendo parte da articulação pela reforma da previdência, que serve para atacar nossas aposentadorias.

Michel Temer tem buscado as burocracias sindicais em geral e a Força em particular para negociar os ataques aos trabalhadores, principalmente a Reforma da Previdência. E como temos visto o diálogo tem sido frutífero para os patrões. Grande parte das fábricas do estado de São Paulo, dirigidas pela Força Sindical, são palcos de demissões e retirada de direitos. Mais de 4 mil fabricas fecharam em São Paulo em um ano.

Patrão e sindicato da Força Sindical sintonizados na construção da Ponte Para um Futuro de Desemprego, Privatização e Terceirização. O resto é "groselha" de burocrata sindical que cumpre papel de ser braço dos patrões dentro do movimento dos trabalhadores. Com privilégios como não trabalhar e receber salários maiores que os trabalhadores do chão de fábrica os burocratas sindicais sequestram um instrumento legítimo da luta dos trabalhadores, o sindicato, para defender seus próprios interesses e os interesses dos patrões. Esses burocratas sindicais são mais conhecidos popularmente como "pelegos", pois servem para amortecer a luta dos trabalhadores contra os patrões.

 
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