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GREVE DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS PAULISTAS
No 10J, a juventude deve lutar contra o governo golpista de Temer e os cortes na educação em aliança com os trabalhadores
Jean Barroso
Tatiane Lima

Manifestações contra o governo golpista de Temer são convocadas pela CUT. A luta da juventude contra este governo golpista e os cortes dos governos federal e estaduais à educação deve ter como tarefa romper os freios que a burocracia sindical quer impor a este dia de mobilização e forjar uma aliança com os trabalhadores contra os cortes e as demissões, para que a crise seja paga pelos capitalistas.

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Após semanas de imobilismo e silêncio sepulcral, a CUT agora convoca uma manifestação para este dia 10 de junho contra o golpe e em defesa dos direitos. A ação deve ser somada pela juventude com independência desta burocracia sindical, que sendo a maior central sindical do país (e da América latina), mantém os trabalhadores amarrados desde dezembro do ano passado sem dar nenhuma luta conseqüente contra o golpismo da direita, por medo de que a luta dos trabalhadores contra já então governo golpista de Temer, os cortes e as demissões, saia de seu controle.

As manifestações do 10J acontecem no momento de duras lutas em defesa da educação protagonizadas pelos jovens estudantes e também pelo funcionalismo público em vários lugares do país. No RJ, greve de professores, com as ocupações estudantis sendo reprimidas pelo governo e greve de estudantes servidores e professores na UERJ, além de greves dos servidores do estado. Em SP, greve nas universidades estaduais paulistas, Unicamp com uma ocupação estudantil na Reitoria, greve unificada de estudantes com trabalhadores e professores na USP onde também há ocupações estudantis em diversos prédios como Letras, ECA, História e Geografia entre outros, e na UNESP com uma massiva e crescente mobilização em diversos campi, com greves e ocupações. Em SP, o forte movimento de secundaristas, que foi ponta de lança da luta pela educação ano passado derrotando Alckmin, ainda se mobiliza, seu espírito e métodos de luta estudantil já se espalharam para o Rio Grande do Sul e Ceará, que pegam fogo com ocupações de escola as centenas.

Estas lutas estão duras porque o plano do governo golpista de Temer de aplicar cortes , mais rapidamente do que vinha aplicando o PT, que foi o que motivou o golpe, anda lado à lado com o plano de reprimir e sufocar as lutas de resistência aos cortes, com decisões judiciais contra as ocupações no Rio e ameaça de corte de ponto aos trabalhadores da USP em SP.

Neste marco, a imobilidade da CUT, da CTB, que é perpetuada pela UNE no movimento estudantil, ou seja, a estratégia imobilista de todo o ex-governismo do espectro petista frente aos processos de luta, cumpre o papel de frear a luta contra o governo golpista de Temer distanciando- as dos métodos com que queremos derrubá-lo: nas ocupações, nas greves e nas ruas. Até então convocaram showmícios espaçados entre si, que não assustam ninguém, na prática contribuindo para uma estratégia de oposição eleitoral, se subordinando às eleições de 2018 ou talvez a possibilidade ainda distante de eleições antecipadas. Seu papel nas lutas em curso se restringe a apoios simbólicos e nenhuma força material para fortalecê-las. A velha critica no discurso seguida de inação, segue sendo a prática dessas burocracias que se distanciam cada vez mais da luta real dos estudantes nas Universidades e Escolas. Mesmo tendo sido chutado do governo pelo PMDB, mantém seu calendário sindical de traições de lutas, como é, por exemplo, na USP onde o Ceupes (Centro acadêmico de Ciências Sociais), dirigido pelo Levante Popular da Juventude, é uma peça fundamental para que no meio deste processo de greve, o curso de Sociais siga tendo aulas. Nem falar na União da Juventude Socialista, que no RJ dirige a UBES, sendo responsáveis por manter amarras aos estudantes e frear as ocupações aparelhando o comando das ocupações ao ponto em que os estudantes o deixaram de reconhecer. Cumprem este papel para o governo do estado mesmo tendo sido expulsos da Secretaria de Juventude do PMDB meses atrás após o golpe.

Por outro lado, PSOL e PSTU, que dirigem importantes entidades ligadas especialmente ao conflito das estaduais paulistas, vem cumprindo um papel parecido, nas mobilizações que começaram e foram incendiadas pelo combate ao golpe, insistem em despolitizar os debates, isolando as demandas concretas da pauta política, como se fosse possível arrancar cotas e permanência estudantil de qualidade nas Universidades Paulistas hoje, num processo de disputa pelo caráter de classe na Universidade, por fora de combater o golpismo que tem sua cara tucana no governo do Estado de SP e que arrancar cada mínimo direito conquistado. Além disso, pautam-se sempre apenas nas demandas específicas da luta das universidades sem procurar se ligar a outros setores e levantar as demandas dos demais movimentos em luta, como os secundaristas, ou colocar a luta contra o golpe como parte fundamental das tarefas políticas de nossa mobilização nesse momento.

No 10J, dizem que irão paralisar a produção e sair às ruas contra o governo golpista. Pois bem, construamos uma forte coluna independente da juventude que vá se aliar com os trabalhadores, às lutas em curso da educação, contra a repressão dos lutadores. E para levar este dia para fora do controle da burocracia sindical, exijamos que saiam da omissão e convoquem um plano de luta para barrar o governo golpista nas ruas, impondo uma nova constituinte contra este regime de privilégios e arrancando das mãos da Lava-Jato, dos políticos burgueses os rumos do país, para que sejam os trabalhadores e a juventude quem decidam.

 
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