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As lutas em vários campus da Unesp pegam fogo
Douglas Martins
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A greve na Unesp não para de crescer! Já são pelo menos 14 campus com greve de estudantes, funcionários e/ou professores. Além de Franca, Assis, Araraquara e Marília, Bauru, São Paulo, Botucatu, Ilha Solteira, Araçatuba e mais recentemente São José do Rio Preto, Presidente Prudente (em que os estudantes deliberaram por greve e ocupação da direção no último dia 01 e já receberam pedido de reintegração de posse hoje, num sábado), e os trabalhadores de Jaboticabal, Sorocaba e Guaratinguetá colocam fogo na luta estadual pela Educação. Os trabalhadores de Ourinhos também já decidiram por paralisar, demonstrando que as mobilizações podem se intensificar ainda mais e que os trabalhadores e trabalhadoras vem se fortalecendo e estão mobilizados.

A Unesp conta atualmente com 24 campus – 5 são “experimentais”, em que as condições de trabalho e estudo são mais precárias ainda – sendo que os problemas relativos ao desmonte da universidade, acesso e permanência, arrocho histórico dos salários dos trabalhadores, precarização e terceirização do trabalho, contratação de professores (em regime RDIDP) e precarização dos departamentos, principalmente os das áreas de ciências humanas e filosofia e o aumento da repressão, são praticamente uma unanimidade na Unesp como um todo.
Pejorativamente conhecida como “prima pobre”, a Universidade Estadual Paulista – “Júlio de Mesquita Filho” é a mais precarizada das três estaduais, mas que não deixa de se colocar em luta na mesma proporção. Por esse histórico, barrou em 2013 o PIMESP – um projeto elitista e racista que seria outro filtro, além do vestibular, à universidade – e conquistou a efetivação das políticas de cotas.

Uma política como a de cotas, em que permitirá o maior acesso dos filhos e filhas da classe trabalhadora, bem como dos mais pobres e oprimidos (mas que não resolverá completamente o problema pois para isso é preciso acabar com o vestibular), exigirá que já exista ou que se priorize com urgência a questão da permanência estudantil, afim de garantir para esse cotistas (pretos, pobres e indígenas) condições mínimas de estudo. Uma dessas medidas seria a garantia imediata para os cotistas, no ato da matrícula, ao direito à moradia e à bolsa socioeconômica – além da demanda efetiva dos outros estudantes não-cotistas e da contratação de funcionários.

Mas definitivamente não são essas as intenções da reitoria da Unesp (Julio Cezar Durigan), nem do governo do estado de São Paulo (Geraldo Alckmin), que vem reagindo à derrota do movimento estudantil e dos trabalhadores organizados à nível estadual em 2013, e nos últimos anos vem impondo e aprofundando cortes justamente nas áreas e setores que efetivariam as mesmas conquistas, descumprindo os acordos e direitos conquistados. Ou seja, existe uma sabotagem da reitoria e do governo para as conquistas dos estudantes e trabalhadores, e que inclusive fazem parte de um projeto mais amplo e profundo de sucateamento e privatização das universidades estaduais, como é possível ver na imagem:

Todos esses dados deixam claro a necessidade de uma estadualização e unificação das lutas de toda a Educação – já que o roubo da merenda e a precarização das ETECs, FATECs e Escolas Estaduais, os cortes na Unesp, Unicamp e Usp e a ausência de um projeto de creches confirmam isso –, juntamente com a construção de um Comando Estadual de Greve com delegados de estudantes, trabalhadores e professores, eleitos a partir de suas bases, para que possamos contra-atacar conjuntamente os cortes do governo do PSDB de Geraldo Alckmin.

 
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