Ambos, também donos da empresa de transporte Valadarense, fazem parte de um escandaloso esquema de corrupção envolvendo a câmera de vereadores de Governador Valadares. O empresário pagava propina para vereadores e estes por sua vez concediam a permissão para aumento da tarifa. O dinheiro usado para pagar a propina era retirado da empresa que opera em Belo Horizonte, envolvendo assim as duas empresas no esquema.

Também existe denuncia de fraude na licitação de 2008. As três empresas que concorreram a esta licitação, Rodopass, Urca e Valadarense, pertenciam a família Carvalho, sendo a filha dona da empresa Valadarense, e Eneide Carvalho, irmã de Roberto, representante da Urca.

A mafia do transporte público deixou sua máscara cair em Belo Horizonte e Governador Valadares. Mas com certeza estas são algumas evidências de inúmeros outros esquemas que ainda permanecem encobertos. Entretanto são o suficiente para dizer categoricamente que os aumentos da tarifa em Belo Horizonte e Governador Valadres não passam de uma manobra empresarial junto a casta política corrupta. Trata-se de um exemplo que ilustra o que provavelmente deve ocorrer em todo o estado de MG, assim como em todos os estados do país. O Estado e seus governos corruptos governam para os interesses dos empresários, que lucram em cima de um serviço que deveria ser um direito básico.

Se a juventude já tinha todos os motivos necessários para lutar contra os aumentos exorbitantes da tarifa, agora está mais do que evidente a necessidade de lutar pela estatização do transporte público sob o controle dos trabalhadores e usuários.