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FAÍSCA NA UNICAMP
Mais de 50 pessoas na atividade da Faísca para incendiar a UNICAMP
Vitória Camargo

Na última quinta-feira (20/05), no Ciclo Básico da UNICAMP, mais de 50 pessoas se reuniram para debater as ideias da Faísca – Juventude Anticapitalista e Revolucionária sobre os próximos passos para que sejamos vitoriosos, em meio a um intenso processo de mobilização na universidade, com greve em 9 institutos, reitoria ocupada e todos os cursos de Campinas aderindo a dias de paralisação, somando-se ao início, na próxima segunda-feira, da greve dos funcionários.

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Estiveram presentes na apresentação da Faísca na UNICAMP estudantes da própria universidade, da PUCCAMP e secundaristas de Campinas, além da participação de secundaristas do Rio de Janeiro, que estão ocupando suas escolas, Wall Vieira e Sergio Baiense, da diretora do Centro Acadêmico da Pedagogia da FEUSP (CAPPF), onde recentemente foi tirada greve, Odete, da secundarista de Campinas que acompanhou a mobilização no Centro Paula Souza, Adrieli, de Marcelo Pablito, trabalhador do bandejão da USP e membro da Secretaria de Negros e Negras do SINTUSP, e de Tatiane Lima, coordenadora da Gestão Proporcional do Centro Acadêmico de Ciências Humanas pela chapa Sobre Jandiras e Simones.

“Unificar com os secundas, a USP e a UNESP para vencer” foi o mote que deu tom ao debate. A presença dos secundaristas do Rio de Janeiro, que compartilharam suas experiências em um estado com diversos setores em luta pela educação e contra os ajustes na saúde e no funcionalismo público, demonstrou a necessidade de superarmos as burocracias no movimento estudantil, como a UBES, que são verdadeiros entraves, e a importância da unificação com estudantes da UERJ e da UFRJ.

Os relatos da violência policial no Centro Paula Souza contados por Adrieli, na luta pelo direito à merenda nas ETECs, e da resposta contundente com atos de 3 mil e 5 mil pessoas, ao mesmo tempo que escancararam o caráter repressor da polícia, mostraram que os secundaristas não vão parar, que Alckmin, o ladrão de merendas, e sua polícia assassina só colocam com mais força a necessidade de nos mobilizarmos.

Odete, desde suas experiências na USP e na luta por cotas raciais, expressou o potencial que a juventude tem de incendiar os trabalhadores, e que essa aliança é fundamental e poderosa para atacarmos os pilares de um sistema que explora e oprime, ainda mais agora, com os ataques do Temer Golpista, com seus Ministérios de homens brancos. Pablito relatou o cotidiano dos trabalhadores e trabalhadoras no bandejão da USP e do avanço da terceirização, que significa uma maior precarização nas condições de trabalho, com acidentes e lesões recorrentes. Muitos deles são negros e, em especial, negras, o que coloca a necessidade de entendermos o racismo enquanto um pilar do capitalismo no Brasil. No dia do aniversário de Malcom X, Pablito reforçou a afirmação de que “não há capitalismo sem racismo” e que combatê-lo deve se dar numa perspectiva revolucionária, com centralidade na classe trabalhadora, para a emancipação humana. Saudou, assim, o SINTUSP por defender a pauta das cotas raciais na universidade.

Por fim, Tatiane Lima concluiu que todas essas experiências não podem ser entendidas enquanto uma somatória de lutas, mas que, pelo contrário, devem se combinar e se unificar para que cada pauta específica tenha força para ser conquistada e para que possamos dar uma resposta de fundo. Com isso, demarcou a necessidade de um comando estadual, tirado nas assembleias das universidades, para coordenar as lutas e para que consigamos realizar ações comuns que golpeem as reitorias, o ladrão de merendas e o governo golpista de Temer com um só punho e que, desse modo, consigamos nos ligar nacionalmente ao Rio de Janeiro, ao Ceará, ao Rio Grande do Sul e a todos os estados que já demonstram resistência contra a crise que querem que nós paguemos. Só assim, conseguiremos arrancar cotas raciais em uma universidade tão racista como a UNICAMP, barrar os cortes e a terceirização, garantir que todo estudante tenha como permanecer e onde morar, que os terceirizados sejam efetivados sem concurso público, e ir por mais – lutar pelo fim do vestibular e por uma universidade que de fato produza para a população.

Com esses objetivos e ideias, fazemos um convite a todos para construírem conosco a Faísca, pois entendemos a necessidade de nos organizarmos para que possamos levar à frente esses desafios apaixonantes que ousamos nos dar.

Veja abaixo vídeo da fala de Sérgio e Wall, secundaristas do Rio e militantes da Faísca:

 
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