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PRIVATIZAÇÃO
MEC quer cobrar mensalidades nas universidades públicas, não permitiremos!
Tatiane Lima
Jéssica Antunes

Agora, o ministro declarou seu apoio a que as universidade públicas cobrem mensalidades nos cursos de extensão, mestrado profissional e pós-graduação lato sensu, caso assim queiram.

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Mendonça Filho foi um dos 318 deputados que em 2015 votaram a favor da PEC que pretende regulamentar essa cobrança, que foi aprovada em 1º turno e ainda tramita na Câmara, precisando passar pelo 2º turno antes de ser encaminhada ao Senado.

Em Pernambuco, estado onde o ministro foi eleito deputado federal, algumas instituições já cobram por alguns cursos de extensão e pós-graduação.

Em meio à greves e ocupações, MEC quer mais ataques à educação

Mendonça Filho já deixou claro que enquanto ministro, não haverá prioridade com o ensino superior, priorizando a educação básica. Sem dúvidas é urgente que se tenha atenção e investimento na educação básica, basta ver os secundaristas que estão ocupando suas escolas Brasil afora contra a precarização da educação. Mas quando o ministro aponta que o ensino superior não será seu foco, contrariando a agenda da educação dos governos petistas – que mesmo com a agenda, cortaram bilhões da educação superior, colocando universidades em verdadeiras crises – ele aponta também para o início da privatização do ensino superior público.

Nesse mesmo momento que vem mais esse ataque disfarçado de “ajustes necessários”, a USP encontra-se em greve dos estudantes e trabalhadores contra o desmonte da universidade, Unicamp com greve estudantil, greve dos trabalhadores com início para o dia 23 e ocupação da reitoria contra o corte de R$40 milhões, na mesma universidade das denúncias dos “super-salários”, e a UNIPAMPA, uma das federais do RS, segue ocupada há quase uma semana também contra os cortes na educação. Os cortes na educação sempre afetam primeiramente os trabalhadores mais precários, com demissão de terceirizados; os estudantes mais pobres, com cortes na permanência, falta da vagas em moradia, aumento do preço dos bandejões, e nas bolsas de iniciação ao ensino, pesquisa e extensão; os serviços gratuitos à comunidade acadêmica e à população, como é o descaso da USP com o Hospital Universitário e a falta de vagas nas creches. Mas nunca se corta os salários milionários dos reitores e professores burocratas de alto escalão.

Mas é nítido que a proposta de cobrar mensalidades em cursos de extensão e pós-graduação profissional não serve para tirar as universidades públicas da crise. Serve apenas para enriquecer mais alguns professores que coordenam esses projetos profissionalizantes, gerar tecnologia e mão de obra altamente qualificada diretamente ligadas aos interesses da burguesia e dos empresários que investirão nesses projetos. Ou seja, caminha a passos largos a privatização da universidade pública, com o claro objetivo de servir aos interesses privados, e não aos interesses da população, como deveria ser tudo que é produzido dentro da universidade pública.

É preciso fortalecer a luta em defesa da educação, unificar todas as greves e ocupações que acontecem pelo país. É urgente radicalizar a luta contra esse governo golpista e todos os ataques e ajustes que Temer, em apenas uma semana, já mostrou disposição e desejo de implementar, com seus ministros reacionários. Não podemos aceitar que a universidade pública seja privatizada sob a desculpa de saída para a crise econômica, enquanto professores da alta burocracia acadêmica seguem enriquecendo em cima da educação pública, produzindo para empresas e não para a população. É necessário um plano de lutas nacional em defesa da educação, unificando todas as lutas pela educação em curso! Lutaremos para que nossas greves e ocupações imponham às reitorias e seus conselhos universitários privatistas moções e medidas que neguem a diretriz do governo golpista e ajustador. Privatizadores, não passarão!

 
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